O jornal O Globo publica uma Seção chamada Há 50 Anos onde reproduz matérias publicadas no jornal. Na coluna Porta de Livraria de Antonio Olinto publicada em 27 de dezembro de 1958 ele fazia uma retrospectiva do ano literário:
"Ano de muito livro, este de 58. De movimento editorial maior do que os imediatamente anteriores. Num ligeiro retrospecto, farei um resumo dos acontecimentos que, na literatura, deixaram sua marca nestes 365 dias.
O grande romance do ano foi Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado. Um dos primeiros, na ordem de lançamentos, foi Talvez alguém se salve, de Plínio Bastos. Ernâni Sátiro voltou às livrarias com Mariana. Nestor Duarte fixou um período crítico da vida social brasileira em Tempos temerários. João Felício dos Santos veio com João Abade ressuscitar o tema Canudos. Paulo Rodrigues estreou com Memórias de um galo de briga. Fora do Brasil Graham Greene publicou Our man in Havana; Michel Del Castillo espantou o leitor francês com seu Le colleur d'affiches; o sueco Per Lagerkvist (Prêmio Nobel) publicou The Sybil, e o maior lançamento do gênero em Portugal foi talvez o romance de Alves Rodol - A barca dos sete lemes.
A grande surpresa do ano, em matéria de conto, foi o livro Água preta, de Jorge Medauar. Newton Beleza publicou Estranhas aparições; Hélio Pólvora estreou com Os galos da aurora. Lígia Fagundes Teles tornou a mostrar ser dona do gênero com Histórias do desencontro. Harry Laus apareceu com Os Inocentes.
Fora do Brasi, a contista dinamarquesa Isak Dinesen (pseudônimo de Karen von Blixen) teve dois livros publicados tanto em dinamarquês como em inglês: Las tales e Three stories."
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