Hoje dia 12, quarta-feira, às 18h, continua o programa Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus –, a ser realizado na Sala Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis (SC). Além deste encontro, a ação segue nos dias 19 e 26 de abril, no mesmo local e horário. A vida e trajetória do jornalista, escritor, crítico de arte e gestor de museus natural de Tijucas (SC) conta com convidados e discussões presenciais que alinhavam memórias e análises sobre a amplitude deste legado. As atividades em torno do centenário abriram em dezembro do ano passado para marcar o nascimento do homenageado em 11 de dezembro de 1922. Seis instituições estão envolvidas neste tributo: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Masc, Museu da Imagem e do Som (MIS), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O segundo dos quatros encontros planejados no evento Homem Plural ganha nova faceta, agora sob a ótica familiar. Dois sobrinhos e um sobrinho neto trazem recortes inusitados sobre o homenageado. Beto Laus, Cesar Laus e Alemão Bayer, nome de Ildefonso Bayer Reichmann, estimulam o bate-papo com o público revisitando as singularidades do convívio, da vida e da obra de Laus. A mediação desta conversa será feita por Marcello Carpes, formado em licenciatura em artes visuais, pela
Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), é vice-presidente da
Associação de Produtores e Arte Educadores em Cultura Urbana de
Florianópolis (Apaecuf), gestão 2019-2023. Atua como artista, curador independente e arte educador. Atualmente trabalha, em caráter terceirizado, no Núcleo de Ação Educativa (NAE), do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), como arte educador.
Família substancial na história literária de Santa Catarina, a presença intelectual dos Laus se circunscreve pela contribuição de Harry Laus e das irmãs Ruth, Esther, Celeste, Cora e da prima Lausimar, todas autoras de livros ficcionais ou não.
Pelos vínculos com o homenageado e o propósito do reconhecimento, a escolha dos convidados busca conexões afetivas. A participação dos mapeados é enriquecedora, pois ajuda a compor um possível perfil desta complexa personalidade que deu enorme contribuição ao campo cultural de Santa Catarina.
A comissão organizadora do evento é composta por Liliana Alvez, diretora de arte e cultura da FCC, Maria Helena Barbosa, do Núcleo Educativo do Masc, Maria Teresa Collares, gestora cultural e diretora da empresa Rede Cultural, Néri Pedroso, jornalista que representa o Instituto Collaço Paulo e Patrícia Amante, artista e professora de oficinas de arte no CIC.
Programação
12.4.2023, 18h – Vida e Obra - Um Breve Perfil Biográfico
Convidados: Beto Laus, César Laus e Ildefonso Bayer Reichmann (Alemão Bayer)
19.4.2023, 18h – Laus na Gestão do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e na Sala Lindolf Bell
Convidados: Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor Filomeno - ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.
26.4.2023, 18h – Literatura e Crítica de Arte
Convidados: Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma abordagem do Laus como escritor.
JÁ REALIZADO
7.12.2022, 18h – Laus no Cinema e Os Arquivos
Convidados: Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da UFSC.
Sobre Harry Laus
Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus, natural de Tijucas, vive a infância em uma família de escritores e artistas. Homem de diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa atividade jornalística, escrevendo sobre arte em veículos como o “Jornal do Brasil” e as revistas “Veja” e “Senhor”, e priva da amizade de artistas e intelectuais renomados. Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil, retorna ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do país, carreira iniciada em 1961. Atua nos jornais “A Notícia” e “Diário Catarinense”.
Atua como diretor do Museu de Arte de Joinville (1980/82) e do Museu de Arte de Santa Catarina (1985/87 e 1989/92) em períodos de efervescência cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a Associação Internacional dos Críticos de Arte.
Como escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, “As Horas de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o “Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa. Profundo articulador, com conhecimento descobre talentos, aproxima pessoas, produz pensamento crítico, alavanca autoestimas. Promove panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de levar para outros Estados do Brasil. In memoriam, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa.
SAIBA MAIS
http://harrylausvivo.blogspot.
SERVIÇO
O quê: Tributo - Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus
Quando: 12.4.2022, quarta-feira, 18h
Onde: Sala Lindolf Bell, Centro Integrado de Cultura (CIC), av. Irineu Bornhausen, 5600, bairro Agronômica, Florianópolis, tel.: (48) 3664-2630 / 3664-2633
Quanto: gratuito
REALIZAÇÃO
Fundação Catarinense de Cultura/Museu de Arte de Santa Catarina
APOIO
Associação Brasileira de Críticos de Arte de Santa Catarina
Instituto Collaço Paulo - Centro de Arte e Educação
Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina
Universidade Federal de Santa Catarina