tag:blogger.com,1999:blog-21558403634819319242024-03-12T20:54:56.717-03:00Memorial Harry Laus (1922-1992)"É fundamental que não se aceite simplesmente a vida: é preciso sofrê-la, interpretá-la, dirigi-la a um fim que tudo justifique. Acreditar em si e nesse objetivo até o momento em que fique provado a inutilidade desse ideal, ou a impossibilidade de realizá-lo. Então, ter a coragem e a força para substituí-lo. Tudo isso a vida exige de nós; portanto, depende unicamente de nós, é grande a missão que nos foi confiada."Unknownnoreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-29573816253585920122023-04-12T10:50:00.003-03:002023-04-12T10:55:17.510-03:00Harry Laus 100 anos! <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE_Ra184fEZyJpqAAZsdGscPo-GrOJvHGoYZfdRiTdaGu_nsUnjwjSw68ypEVISLrBJ_bj_Y4_pomAvqe7McbXUCv7WZTFon2LvrquPIbGx_JNDNHyG_jo_5R8GvN-ZR0wWHymsTf7Eeqo7w4oooEpYtTDck5k5JF7xdFhr8_NA15n-Pxzbi8PEJmHHA/s1350/1.Flyer%20Centena%CC%81rio%20Harry%20Laus.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1350" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE_Ra184fEZyJpqAAZsdGscPo-GrOJvHGoYZfdRiTdaGu_nsUnjwjSw68ypEVISLrBJ_bj_Y4_pomAvqe7McbXUCv7WZTFon2LvrquPIbGx_JNDNHyG_jo_5R8GvN-ZR0wWHymsTf7Eeqo7w4oooEpYtTDck5k5JF7xdFhr8_NA15n-Pxzbi8PEJmHHA/w417-h333/1.Flyer%20Centena%CC%81rio%20Harry%20Laus.jpg" width="417" /> </a></div><p></p><p></p><p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Hoje dia 12, quarta-feira, às 18h, continua
o programa Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus –, a ser realizado na Sala Lindolf
Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis (SC). Além deste
encontro, a ação segue nos dias 19 e 26 de abril, no mesmo local e horário. A
vida e trajetória do jornalista, escritor, crítico de arte e gestor de museus natural
de Tijucas (SC) conta com convidados e discussões presenciais que alinhavam
memórias e análises sobre a amplitude deste legado. As atividades em torno do
centenário abriram em dezembro do ano passado para marcar o nascimento do
homenageado em 11 de dezembro de 1922. Seis instituições estão envolvidas neste
tributo: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Masc, Museu da Imagem e do Som
(MIS), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Instituto Collaço
Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). </span></p>
<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O segundo dos quatros encontros
planejados no evento Homem Plural ganha nova faceta, agora sob a ótica
familiar. Dois sobrinhos e um sobrinho neto trazem recortes inusitados sobre o homenageado.
Beto Laus, Cesar Laus e Alemão Bayer, nome de </span><span style="font-family: Constantia,serif;">Ildefonso
Bayer Reichmann,</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">
estimulam o bate-papo com o público revisitando as singularidades do convívio, da
vida e da obra de Laus. A mediação desta conversa será feita por Marcello
Carpes, formado em licenciatura em artes visuais, pela</span></p>
<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Universidade do Estado de Santa
Catarina (Udesc),</span><span style="font-family: Lora-Regular; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">é vice-presidente da</span></p>
<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Associação de Produtores e Arte
Educadores em Cultura Urbana de</span></p>
<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Florianópolis (Apaecuf), gestão
2019-2023. Atua como artista, curador independente e arte educador. Atualmente
trabalha, em caráter terceirizado, no Núcleo de Ação Educativa (NAE), do Museu
de Arte de Santa Catarina (Masc), como arte educador.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Família substancial na história literária
de Santa Catarina, a presença intelectual dos Laus se circunscreve pela
contribuição de Harry Laus e das irmãs Ruth, Esther, Celeste, Cora e da prima Lausimar,
todas autoras de livros ficcionais ou não. </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Pelos vínculos com o homenageado e o
propósito do reconhecimento, a escolha dos convidados busca conexões afetivas.
A participação dos mapeados é enriquecedora, pois ajuda a compor um possível
perfil desta complexa personalidade que deu enorme contribuição ao campo
cultural de Santa Catarina.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A comissão organizadora do evento é composta
por Liliana Alvez, diretora de arte e cultura da FCC, Maria Helena Barbosa, do
Núcleo Educativo do Masc, Maria Teresa Collares, gestora cultural e diretora da
empresa Rede Cultural, Néri Pedroso, jornalista que representa o Instituto
Collaço Paulo e Patrícia Amante, artista e professora de oficinas de arte no
CIC.<span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"></span></span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #4c4145; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Programação</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">12.4.2023, 18h </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">– Vida e Obra - Um
Breve Perfil Biográfico </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Beto Laus, César Laus e </span><span style="font-family: Constantia,serif;">Ildefonso Bayer
Reichmann (Alemão Bayer)</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"></span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">19.4.2023, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Laus na Gestão do
Museu de Arte de Joinville (MAJ) e na Sala Lindolf Bell<span style="color: red;"></span></span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor
Filomeno - ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC)
e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">26.4.2023, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Literatura e
Crítica de Arte </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte
(ABCA) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma abordagem do
Laus como escritor.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">JÁ REALIZADO</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">7.12.2022, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Laus no Cinema e
Os Arquivos</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do
Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação
em letras e literatura da UFSC.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Sobre Harry Laus</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus,
natural de Tijucas, vive a infância em uma família de escritores e artistas. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Homem de
diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo
transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. <span style="color: #333333;">Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa
atividade jornalística, escrevendo sobre arte em veículos como o “Jornal do
Brasil” e as revistas “Veja” e “Senhor”, e priva da amizade de artistas e
intelectuais renomados.</span> Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil,
retorna ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do
país, carreira iniciada em 1961. Atua nos jornais “A Notícia” e “Diário
Catarinense”. </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Atua como diretor do Museu de Arte de Joinville (1980/82) e do
Museu de Arte de Santa Catarina (1985/87 e 1989/92) em períodos de efervescência
cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a
Associação Internacional dos Críticos de Arte. </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Como
escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na
França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, “As Horas
de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o
“Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa.
Profundo articulador, com conhecimento descobre talentos, aproxima pessoas,
produz pensamento crítico, alavanca autoestimas. Promove panoramas,
retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de
levar para outros Estados do Brasil. <i>In
memoriam</i>, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial
climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de
Mérito Cultural Cruz e Sousa.</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">SAIBA MAIS </span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://harrylausvivo.blogspot.com/&source=gmail&ust=1681393960878000&usg=AOvVaw1d9_RtMR-eV8fWhUORlqPQ" href="http://harrylausvivo.blogspot.com/" style="color: blue;" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">http://harrylausvivo.blogspot.<wbr></wbr>com/</span></a><span style="color: blue; text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"></span></span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: blue; text-decoration-line: underline;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="text-decoration-line: none;"> </span></span></span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">SERVIÇO</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O
quê: Tributo - Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Quando:
12.4.2022, quarta-feira, 18h</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Onde:
Sala Lindolf Bell, Centro Integrado de Cultura (CIC), av. Irineu Bornhausen,
5600, bairro Agronômica, Florianópolis, tel.: (48) 3664-2630 / 3664-2633</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Quanto:
gratuito</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">REALIZAÇÃO</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Fundação
Catarinense de Cultura/Museu de Arte de Santa Catarina</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">APOIO</span></b></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Associação
Brasileira de Críticos de Arte de Santa Catarina</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Instituto
Collaço Paulo - Centro de Arte e Educação</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Museu
da Imagem e do Som de Santa Catarina</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Universidade
Federal de Santa Catarina</span></p>
<p style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span><span style="color: #888888;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"></span></span></p><span style="color: #888888;"><div><br /></div><span>-- </span><br /><div data-smartmail="gmail_signature" dir="ltr"><div dir="ltr"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">NProduções Néri Pedroso (jorn.) </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><a href="mailto:neripedroso@ig.com" target="_blank"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">neripedroso@gmail.com</span></a></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <b>Skype</b>: neripedroso <b>Face</b>:
Néri Pedroso (48) 9911-9837/3248-4158</span></div></div></span><p><br /> </p><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-86701309736783791042022-12-02T10:32:00.009-03:002022-12-03T12:02:06.620-03:00<p><span style="background-color: #cccccc;"><span></span></span> </p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a"><div dir="auto" style="text-align: start;">
<p class="MsoNoSpacing"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhILgUKesr1Yhlr766oQTu8PGP34AoxXXq0v8Mx9bOLDudGLx-6u-3oEDAxt8-RG0HbNz5AX39Ef3haXMsm-rzemaZN8ufCPC_2SCNQeyB2BgwofqpEKEHaHVuW6eh6UNGaAAr-O5pCOq44bEo2eR_0XHTgfH37sZbWpk6AG9NIp7FZRcosWN4Oq3eL5g/s932/Harry%20Laus%20100%20anos.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="932" data-original-width="886" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhILgUKesr1Yhlr766oQTu8PGP34AoxXXq0v8Mx9bOLDudGLx-6u-3oEDAxt8-RG0HbNz5AX39Ef3haXMsm-rzemaZN8ufCPC_2SCNQeyB2BgwofqpEKEHaHVuW6eh6UNGaAAr-O5pCOq44bEo2eR_0XHTgfH37sZbWpk6AG9NIp7FZRcosWN4Oq3eL5g/s320/Harry%20Laus%20100%20anos.png" width="304" /></a></b></div><b><br /><span style="background-color: #cccccc;">HOMEM PLURAL 100 ANOS DE HARRY LAUS</span></b><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Ação
marca o centenário do tijucano que deixou legado </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">na
gestão museológica, na crítica de arte e na literatura</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">No dia 7 de dezembro, às 18h, abre-se o
programa Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus –, a ser realizado no Museu de
Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis (SC), nos dias 7 de dezembro de
2022 e nos dias 12, 19 e 26 de abril de 2023, sempre às 18h. O aniversário do jornalista,
escritor, crítico de arte e gestor de museus será marcado por quatro encontros
presenciais que pretendem alinhavar memórias e análises sobre a amplitude do
legado deste tijucano, nascido em 11 de dezembro de1922. Seis instituições
estão envolvidas neste tributo: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Masc, Museu
da Imagem e do Som (MIS), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA),
Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC). Os painéis ocorrerão no Espaço Claraboia, no Masc, e a
sessão de filmes, na sala de cinema Gilberto Gerlach, no Centro Integrado de
Cultura (CIC). </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O primeiro encontro e bate-papo com o
público entrelaça o cinema e os arquivos, uma faceta do homenageado que tinha o
hábito de tudo documentar e listar. Os dois primeiros convidados que ajudarão a
revisitar vida e obra de Harry Laus, na sala de cinema Gilberto Gerlach, no dia
7 de dezembro, são Ronaldo dos Anjos, diretor de cinema e Tânia Regina Oliveira
Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Na ocasião, na sala de cinema Gilberto
Gerlach, antes das falas de Ronaldo dos Anjos e de Tania Regina Oliveira Ramos,
serão exibidos “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, vídeo de um minuto,
feito para o Festival do Minuto. “O Santo Mágico”, curta-metragem de 35mm de
Ronaldo, baseado na novela de Laus escrita em 1982, foi rodado em 2002, com
locações em Porto Belo, Biguaçu e Florianópolis. No elenco, em destaque estão Sérgio
Mamberti, Édio Nunes, Werner Schünemann e Giovana Gold. Selecionado para o 14º
Festival Internacional de São Paulo e para o 27º Festival Guarnicê de Cinema, o
filme integrou o 8º FAM, no qual conquistou uma menção honrosa. <span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; mso-color-alt: windowtext;">“<i><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic;">O Santo Mágico</span></i>”
é o primeiro de uma</span> trilogia <span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; mso-color-alt: windowtext;">místico-cinematográfica inspirada na literatura
catarinense</span> que segue com “<i><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic; mso-color-alt: windowtext;">Astherus”</span></i><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; mso-color-alt: windowtext;"> (2012) e</span>
fecha com “O<i><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; mso-color-alt: windowtext;"> </span></i><i><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic; mso-color-alt: windowtext;">Demônio e as
Margaridas</span><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; mso-color-alt: windowtext;">” </span></i><i><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic; mso-color-alt: windowtext;">(2016). </span></i></span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext;">Doutora em letras pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC-RJ), com uma linha de atuação no campo da linguística, das
letras e artes, literatura brasileira e teoria literária, Tânia Regina Oliveira
Ramos falará dos arquivos de Harry Laus. Ela atua na UFSC, onde mantém
proximidade com os</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">
documentos doados à instituição e disponíveis no Núcleo de Pesquisa de
Literatura e Memória (Nulime) do curso de pós-graduação em literatura, que ela
coordena. Memorialista e contumaz arquivista, o escritor arquivava papéis,
originais dos livros, cartas, recortes de jornais, fotografias, relatórios.
Apreciava listar e sistematizar informações. O valor e as descobertas feitas
neste arquivo entram na abordagem de Tania Ramos. </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Pelos vínculos com o homenageado e o
propósito de prestar um reconhecimento, a escolha dos convidados busca um
envolvimento afetivo. A participação dos mapeados será enriquecedora, ajudará a
compor um possível perfil desta complexa personalidade que deu enorme
contribuição ao campo cultural de Santa Catarina.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O evento conta com uma comissão
organizadora composta por Maria Helena Barbosa, Maria Teresa Collares, Néri
Pedroso, Patrícia Amante e Susana Bianchini.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></b></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Programação</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">7.12.2022, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Laus no Cinema e Os
Arquivos</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do
Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação
em letras e literatura da UFSC.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">12.4.2023, 18h </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">– Vida e Obra - Um
Breve Perfil Biográfico </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
César Laus e Egeu Laus (a confirmar)</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">19.4.2023, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Laus na Gestão do
Museu de Arte de Joinville (MAJ) e no Masc</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor
Filomeno - ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC)
e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">26.4.2023, 18h – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Literatura e
Crítica de Arte </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Convidados:
Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte
(ABCA) (a confirmar) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma
abordagem do Laus como escritor.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Sobre Harry Laus</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus,
natural de Tijucas, vive a infância em uma família de escritores e artistas. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Homem de
diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo
transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. <span style="color: #333333;">Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa
atividade jornalística, escrevendo sobre arte em veículos como o “Jornal do
Brasil” e as revistas “Veja” e “Senhor”, e priva da amizade de artistas e
intelectuais renomados.</span> Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil,
retorna ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do
país, carreira iniciada em 1961. Atua nos jornais “A Notícia” e “Diário
Catarinense”. </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Atua como diretor do Museu de Arte de Joinville (1980/82) e do
Museu de Arte de Santa Catarina (1985/87 e 1989/92) em períodos de efervescência
cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a
Associação Internacional dos Críticos de Arte. </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Como
escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na
França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, “As Horas
de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o
“Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa.
Profundo articulador, com conhecimento descobre talentos, aproxima pessoas,
produz pensamento crítico, alavanca autoestimas. Promove panoramas,
retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de
levar para outros Estados do Brasil. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">In
memoriam</i>, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial
climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de
Mérito Cultural Cruz e Sousa.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Sobre – minibios</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="Default"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Ronaldo dos Anjos</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"> - Jornalista e produtor audiovisual. Foi assessor de imprensa
da Fundação Catarinense de Cultura e o primeiro administrador do Museu da
Imagem e do Som de Santa Catarina. No vídeo, conquistou prêmios com
documentários e ficções produzidos nas bitolas VHS e S-VHS. Como diretor e
roteirista, ao migrar para as bitolas profissionais, película e digital, teve
sua trilogia premiada adaptando contos de escritores catarinenses para o
cinema.</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext;">Tânia Regina Oliveira Ramos</span></b><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext;"> – professora titular de literatura
na Universidade Federal de Santa Catarina, coordenadora do </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Núcleo de Pesquisa
de Literatura e Memória (Nulime)<span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; mso-color-alt: windowtext;">, editora da revista “Estudos Feministas” e uma das
organizadoras do espaço virtual de literatura catarinense, o portal Catarina.
Pesquisa e atua nos programas de graduação e pós-graduação da UFSC nas linhas
de gênero e subjetividade, história e memória.</span></span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">SAIBA MAIS </span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><a href="http://harrylausvivo.blogspot.com/"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">http://harrylausvivo.blogspot.com/</span></a></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Trailer
e making of de “O Santo Mágico” </span><a href="https://m.youtube.com/watch?v=qIHPX9D9YWs"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">https://m.youtube.com/watch?v=qIHPX9D9YWs</span></a></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> </span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">SERVIÇO</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O
quê: Tributo - Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Quando:
7.12.2022, 18h</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Onde:
Sala de cinema Gilberto Gerlach, Centro Integrado de Cultura (CIC), av. Irineu
Bornhausen, 5600, bairro Agronômica, Florianópolis, tel.: (48) 3664-2630 /
3664-2633</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Quanto:
gratuito</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;"></span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">REALIZAÇÃO</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Fundação
Catarinense de Cultura/Museu de Arte de Santa Catarina</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">APOIO</span></b></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Associação
Brasileira de Críticos de Arte de Santa Catarina</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Instituto
Collaço Paulo - Centro de Arte e Educação</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Museu
da Imagem e do Som de Santa Catarina</span></span></p><span style="background-color: #cccccc;">
</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Universidade
Federal de Santa Catarina</span></span></p>
<style>@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536870145 1107305727 0 0 415 0;}@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-469750017 -1073732485 9 0 511 0;}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin-top:0cm;
margin-right:0cm;
margin-bottom:8.0pt;
margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}a:link, span.MsoHyperlink
{mso-style-priority:99;
color:blue;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed
{mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
color:#954F72;
mso-themecolor:followedhyperlink;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}p.MsoNoSpacing, li.MsoNoSpacing, div.MsoNoSpacing
{mso-style-priority:1;
mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}p.Default, li.Default, div.Default
{mso-style-name:Default;
mso-style-unhide:no;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
mso-layout-grid-align:none;
text-autospace:none;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
color:black;
mso-fareast-language:EN-US;}.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-size:11.0pt;
mso-ansi-font-size:11.0pt;
mso-bidi-font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}.MsoPapDefault
{mso-style-type:export-only;
margin-bottom:8.0pt;
line-height:107%;}div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style></div></div><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-89793391115557047702020-11-16T22:49:00.003-03:002020-11-16T22:49:43.133-03:00<p>Grande artigo no Jornal do Brasil em 30 de dezembro de 1962: (clique na imagem para ampliar)<br /></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH7gycWfQg9L86vdbj64uKCLamAIZ2s0SHtr1uuePS-20OGVQsrd61CYRYMYCgrjxbx6LJOc-nCVadqPvTZLwSkg_sGlwb0nu02x4ciI9xRv-c7ukTnsRm7VP_FSdGkOHxBoKBvElXCsCO/s1338/Importante_nasArtes_Laus_.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="695" data-original-width="1338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH7gycWfQg9L86vdbj64uKCLamAIZ2s0SHtr1uuePS-20OGVQsrd61CYRYMYCgrjxbx6LJOc-nCVadqPvTZLwSkg_sGlwb0nu02x4ciI9xRv-c7ukTnsRm7VP_FSdGkOHxBoKBvElXCsCO/s320/Importante_nasArtes_Laus_.png" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-54311035294829112412020-11-15T13:55:00.005-03:002020-11-15T13:55:48.483-03:00<p> Nota na <b>Revista Manchet</b>e nº 54 de 2 de maio de 1953:<br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFoMyidImmn4ZYZRQvM77KRqHuJVzJego1r9nersQNES_mOb69MVPHsyA9vU9s0jkv0iNnA07DybmdGSuBSoWLg9oq6mOFiqosqFik1qXqP6fmodyhZkYzjDT4mD7G6hOXusn4JZH1hDL7/s1100/RevistaManchete_n%25C2%25BA54_1953.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1100" data-original-width="820" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFoMyidImmn4ZYZRQvM77KRqHuJVzJego1r9nersQNES_mOb69MVPHsyA9vU9s0jkv0iNnA07DybmdGSuBSoWLg9oq6mOFiqosqFik1qXqP6fmodyhZkYzjDT4mD7G6hOXusn4JZH1hDL7/s320/RevistaManchete_n%25C2%25BA54_1953.png" /></a></div><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-6634925328582304092020-05-17T22:23:00.001-03:002020-05-17T22:23:44.731-03:00Harry Laus ganha o Prêmio Nicolau Carlos Magno em 1953Recorte do Jornal "Correio da Manhã" de 25 de março de 1953:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT79OVDAr4NCEJGtmDcLmuS_Dbqdc-5E3TE009oD-xfuVhafMzbN5JjbM5Iu0Z-z0-Qw9qgI2v1oVUZcKae387xu6IkFypYUjXih740Skd_500DC3b3WWysWdU6Aaeon1nz3Y3Lu-EXeLi/s1600/Captura+de+Tela+2020-05-17+a%25CC%2580s+22.19.22.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1222" data-original-width="594" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT79OVDAr4NCEJGtmDcLmuS_Dbqdc-5E3TE009oD-xfuVhafMzbN5JjbM5Iu0Z-z0-Qw9qgI2v1oVUZcKae387xu6IkFypYUjXih740Skd_500DC3b3WWysWdU6Aaeon1nz3Y3Lu-EXeLi/s1600/Captura+de+Tela+2020-05-17+a%25CC%2580s+22.19.22.png" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-15992414243323178052013-05-14T01:26:00.005-03:002016-02-05T16:26:17.284-02:00Harry Laus escreve do Nordeste em 1947Publicada entre 1946 e 1948, pelo contista Dalton Trevisan (nascido em Colombo, região da grande Curitiba, PR, em 1925), <i>Joaquim </i>foi
a mais importante revista jovem brasileira de todos os tempos, pois
aliava arte e cultura, dando às suas páginas uma leveza gráfica ímpar.
Na cola dela, surgiram inúmeros veículos jovens por todo o Brasil, pois
aquele era um momento de entrada, no campo literário, de uma vasta
população de produtores culturais, principalmente os das províncias –
cujas cidades os moços tentavam habitar modernamente, rompendo com os
passadismos.<br />
<br />
Distribuída em praticamente todos os estados, <i>Joaquim </i>rapidamente
se tornou um sucesso nacional, recebendo colaboração de todos os
cantos. Somente no número 11, em junho de 1947, o catarinense Harry Laus
começa a publicar nela uma pequena série de cartas do nordeste. Neste
ponto da história da revista, ela já era mais brasileira do que
curitibana e a presença de Harry Laus reforça o ideário desse projeto
coletivo.<br />
<br />
Laus escreve cartas num estilo altamente palatável, sem
nenhuma pose professoral, bem dentro da gramática descontraída da
revista. Há um tom ficcional nessas cartas, dirigidas não ao editor, mas
ao personagem Joaquim, tomado como uma pessoa de carne e osso.<br />
<br />
O catarinense busca não as belezas turísticas de Natal,
mas a cidade viva, sua linguagem e as histórias simples. Há, nas quatro
cartas, um carinho pelas pessoas comuns, percebidas como fonte
artística. Este mesmo sentimento de amor pela periferia, um amor
moderno, vai marcar toda a produção contística de Trevisan e a atuação
da <i>Joaquim</i>. Harry Laus se deixa encantar pelos hábitos
nordestinos, relatando-os com muita afetividade: “Interessante foi a
garotada na estação vendendo água para beber – olha a água fria! –
a duzentão o copo” (n.11, p.18). Tudo é descoberta para esse habitante
do sul que, como toda a sua geração, busca ler, pela língua da
experiência, os outros brasis.<br />
Tal interesse pelo país fica ainda mais evidente na
segunda carta (n. 12, p. 14), quando ele conta os encontros com Câmara
Cascudo, um dos nomes centrais de nosso nacionalismo modernista. É esta
pátria profunda que o escritor catarinense desvela para <i>Joaquim</i>, fascinado pelo sabor de suas expressões e por sua culinária.<br />
<br />
Deixando Natal, de trem, ele chega a Recife, atrás do
mesmo contato íntimo com a cidade. Depois de compartilhar suas
descobertas, abandona a escrita da carta para dar prosseguimento à sua
viagem amorosa pela região: “Adeus. Antes de ir embora ainda preciso
descobrir para que lado corre o rio: quando penso que é para um, a maré
empurra para outro” (n.14, p.18). Nestas duas forças antípodas,
vislumbradas na luta entre o rio e a maré, está localizada a tensão que
vai marcar a passagem do escritor pelo nordeste. Na carta seguinte,
última colaboração sua na revista, ele sofre o desejo de retorno: “Não
quero mais ver as praias e esta lua extravagante daqui, nem ouvir o
doloroso lamento do animal mais contemplativo deste mundo, o jumento.
Preciso andar debaixo do céu daí, ver as florestas daí, dormir com
acolchoados de penas, sentir frio e falar saindo fumaça da boca” (n.17,
p.17). E assim se fecha o ciclo que marcou os daquela geração. Eles
querem largar a cidade, descobrir o Brasil e o mundo, para poder voltar e
fundar uma nova cidade natal. É o que poderíamos chamar de ética do
filho pródigo, um movimento típico de culturas novas, em processo de
afirmação. Conhecemo-nos em contraste com outras culturas, importando
coisas mas também ressaltando algumas características próprias.<br />
<br />
Se Harry Laus se entusiasma com as cidades e os
tradutores de seu diferencial linguístico, geográfico e humano, ele não
perdoa a tacanhez da arte provinciana e faz uma crítica irônica a um
espetáculo encenado no Teatro Carlos Gomes, em Natal – n. 15, p.6. Era o
contato com o homem nacional periférico que lhe interessava, porque os
modelos técnicos ele os buscava nas altas literaturas.<br />
Tal como confessa à <i>Joaquim </i>(n.13, p.18), num depoimento que
trata de sua opção pelo conto e de suas dúvidas e certezas. Laus
valoriza o artesanato na construção do conto, o trabalho com a
linguagem, apontando como mestres contemporâneos: Joyce, Gide, Virgínia
Woolf, Proust e Sartre – e não é mera coincidência o fato de todos esses
autores terem sido publicados nas páginas da <i>Joaquim </i>– uma revista que condensou o espírito de uma época de abertura para mundo.<br />
<br />
<i>(Publicado no Jornal "Ô Catarina!" de 1 de maio de 2002) </i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-74404633618268322012-10-05T00:56:00.001-03:002012-10-07T01:17:11.357-03:00Hermínio Bello de Carvalho com Laus, Canabrava, Lucio Cardoso e outros...<br />
<b>Harry Laus foi grande amigo e conviveu longamente no Rio de Janeiro com os pintores Walter Wendhausen e Luis Canabrava. Aqui, </b><b><b>Hermínio Bello de Carvalho, </b>nas Memórias gravadas no seu "Blog do Acervo HBC" ele conta do ambiente cultural daquela época:</b><br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
(...) "Lembro
que, nas décadas de 40 e 50, aqui no Rio de Janeiro, era moda
freqüentar a casa do escritor Aníbal Machado, pai da teatróloga Maria
Clara (“Pluft, o fantasminha”) de igual sobrenome.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
Me lembro, e muito muito vagamente, de ter passado por lá.
Tertúlias, saraus, essas coisas andavam na moda. Algumas pecavam pelo
excesso, com declamações que inevitavelmente desaguavam n’ “O Corvo” de
Poe. Eu mesmo, encarapitado numa cadeira, dei os meus vexames iniciais
num sarau promovido no bairro da Glória por um moço chamado Burlamarqui.
Perdoemos aquele garoto de uns 5 anos, mas já afiado no “Periquitinho
verde” do Nássara. <br />
<br />
A formação intelectual de muita gente se deu assim, nesses convescotes
nada convencionais. Cheguei a formar um duo violão-violino com meu amigo
Luiz Carlos de Castro, para entreter um bando de desocupados que
passavam pelos salões da Baronesa. A Baronesa era um funcionário
graduado do Itamaraty. Ali se tocava, ali se comia e bebia, dali a gente
se escafedia na célebre “hora da valsa”. Prefiro não entrar em
detalhes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Rbf-QIKuFVn0xRKwMV-iQA4aHagi1t_3RDJGTli2aQUJfsCVH6HqLp7EKLanpOdk-xoDgadUXGpWhqcPZG5l6bOKwT2QeGv0IxXOHLanOebmAZhxlzKUdFHMYWzc7lyhUTWtqPKmUhY/s1600/Walter+Wendhausen_Paulinho+da+Viola.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: xx-small;"><i><img border="0" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Rbf-QIKuFVn0xRKwMV-iQA4aHagi1t_3RDJGTli2aQUJfsCVH6HqLp7EKLanpOdk-xoDgadUXGpWhqcPZG5l6bOKwT2QeGv0IxXOHLanOebmAZhxlzKUdFHMYWzc7lyhUTWtqPKmUhY/s320/Walter+Wendhausen_Paulinho+da+Viola.jpg" width="320" /></i></span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><i>Walter Wendhausen, Paulinho da Viola e Luis Sérgio Bilheri Nogueira</i></span></div>
<br />
Quem não ouviu falar do Sábadoyle? Mas ali era uma concentração de
pensadores peso-pesados, como Drummond de Andrade e Pedro Nava. Eram
reuniões intelectualíssimas, como as que, até pouco tempo, nosso Oscar
Niemeyer promovia em seu apartamento para discutir filosofia, física
quântica e coisas afins. <br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
Em São Paulo, Mário de Andrade era o centro de atenções na célebre
casa da rua Lopes Chaves – o endereço intelectual mais célebre na
desvairada Paulicéia dos anos 30/40. O carteiro despejava toneladas de
cartas por dia, e até hoje não sei como o poeta dava conta do recado. <br />
<br />
Contam (“O leitor apaixonado”, de Ruy Castro) que era assim, também, na
casa de Gertrude Stein em Paris. Lá você esbarrava em Hemingway,
Picasso, Cézanne, Matisse, Hemingway, Ezra Pound, T.S. Elliot... <br />
<br />
Os grupos iam nascendo e se informando desse jeito, se alimentando dos
contatos riquíssimos como aqueles proporcionados à gente da bossa-nova.
João Gilberto, dizem, ia pouco por lá. Mas quando ia, que festa! era um
passando o violão pro outro, tentando copiar o acorde inventado pelo
Mestre. Eu já era taludinho, naquela época, quando a bossa-nova abriu
seu berreiro (seus sussurros, aliás). Falo do finzinho da década de 50,
quando 99% das pessoas interessadas em música popular se apaixonaram por
suas invenções. José Ramos Tinhorão escovava os dentes com cicuta, já
nessa época, para esfolar Tom Jobim em seus raivosos comentários
críticos. <br />
<br />
Mas voltemos ao apartamento de Walter Wendhausen e Luiz Canabrava, ambos
pintores vanguardistas, mas que exerciam seus ofícios ilustradores no
departamento de publicidade do Magazine Mesbla (Mestre et Blaget?), com
desenhos academicíssimos de fogões, lamparinas, serrotes e o que mais se
possa imaginar. Ossos do ofício. <b>Eneida, Leonardo Villar (bem antes,
portanto, de estrelar o “O pagador de promessas”), Van Jafa, Lucio
Cardoso e sua irmã, a também romancista Maria Helena Cardoso, Harry
Laus, quem mais? Muita gente. Grana pouca, cada um levava sua birita, ou
ia pendurar sua conta com o Fernando, ali próximo no Lamas (ainda no
largo do Machado). </b><br />
<br />
Vamos nos situar: o ano, 1951. O apartamento era na Dois de Dezembro,
meio Catete, meio Flamengo. Rio de Janeiro, portanto. Milhares de discos
de 78 rotações, e havia de tudo: Aracy de Almeida, Louis Armstrong,
Piaf, Pixinguinha, Fats Waller. Ecletismo musical era ali mesmo. E
bebia-se Drummond e embriagava-se com Manuel Bandeira (com a poesia
deles, esclareço, que desconheciam nossas existências). Braque, Picasso,
Chagall, Modigliani. “O Encouraçado Potenkin” (só iria ver o filme
muitos anos depois), as vanguardas teatrais ensaiando seus passos, as
vernissages concorridíssimas – nada nos faltava em termos de informação.
Tallulah Bankhead ou Erich Von Ströheim, Marlene Dietrich ou as
“expansions” de César. Tudo praticamente tridimensionado, porque
imaginação é o que não nos faltava. A grana?, curtíssima. No Lamas e no
Bar Recreio nos abastecíamos de cerveja ou gin tônica, e nos
deliciávamos vendo a Divina Elizeth entrar na companhia de seu namorado
Ewaldo Ruy e, pasmem!, Ary Barroso.<br />
<br />
Todo esse preâmbulo é para contextualizar a época virtual em que
vivemos, escravos da Internet, e onde tertúlias e saraus saíram de moda
ou se realizam um pouco às escondidas. <br />
<br />
Fui procurado por um jovem pesquisador, a quem foi encomendado um livro
sobre Luiz Canabrava. Ora, direis, quem hoje ainda lembra de Canabrava e
Wendhausen? Mas eu que os freqüentei, que com eles convivi, posso
atestar: a casa dos dois equivalia a um centro cultural – e acho que
Paulinho da Viola deve pensar a mesma coisa.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRq0EwyDuWkJ-xHWwuM9gXquLvqZXWsVWk5xwowbHbPtIYYP5BMx6Zm9Z6NDdbia7cDmDz7ELywxBQb5Hu5wublF1YEVk6J4zWbI6k5B8QVMY4v51Be37kSaSDjWtYj1M8sW-1zn9nC0g/s1600/Luiz+Canabrava.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRq0EwyDuWkJ-xHWwuM9gXquLvqZXWsVWk5xwowbHbPtIYYP5BMx6Zm9Z6NDdbia7cDmDz7ELywxBQb5Hu5wublF1YEVk6J4zWbI6k5B8QVMY4v51Be37kSaSDjWtYj1M8sW-1zn9nC0g/s320/Luiz+Canabrava.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><i>O artista plástico Luiz Canabrava (c.1960)</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Porque nos conhecemos, primeiramente, nos célebres saraus de Jacob
do Bandolim, naquela casarona em Jacarepaguá. Em que anos estamos?
Possivelmente 1955/56. Ele, Paulinho, na companhia de seu pai, o
violonista Benedito César Faria. E eu municiando aqueles saraus com as
cordas mágicas de meus amigos Maria Luisa Anido, Oscar Cáceres, Nicanor
Teixeira, Jodacil Damasceno e um então menino chamado Turíbio Santos. <br />
<br />
Paulinho começava a escrever em sua história num bloco de Botafogo, eu morava no bairro da Glória, já pertinho da Taberna. <br />
<br />
– Olá, como vai?<br />
– Eu vou indo, e você?<br />
<br />
E é claro que não foi bem assim. Ele trabalhava num balcão de um banco
onde eu ia pagar contas, um olhou pra cara do outro – a gente já se
conhece, né? – e nos conhecíamos sim das rodas de choro na casa de
Jacob. Conhecíamo-nos “de vista”, como se diz comumente. A partir daí
nos tornamos amigos e, acho eu, parceiros.<br />
<br />
Parceiros também no convívio com Walter Wendhausen, que morava com Luiz
Canabrava – ambos desenhando anúncios de dia, e nos fins de semana
continuavam pintando, inclusive o sete. Porrancas federais. <br />
<br />
Vamos, agora, nos mudar para Copacabana – década de 60, nova residência
do Walter. Em frente, moravam Toninho e Liana Ventura. Mais tarde, mas
muito mais tarde, a filha do casal, Lianinha, se casaria com Raphael
Rabello (que viria a ser cunhado de Paulinho, que desposou Lila, que tem
o poeta Paulinho Pinheiro como cunhado, casado que é com Luciana
Rabello, a Magnífica). Mas não vamos desfolhar o calendário antes do
tempo. <br />
<br />
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, perto da Duvivier, que
apartamentão! Liana, filha do senador Dix-Huit Rosado, e Walter já
morando num prédio que dava de cara com o do casal Ventura. Para
estabelecer amizade eterna, com juras de amor ad infinitum, foi um pulo.
“Marreco” era como Liana apelidou Walter. Não me perguntem pela foto em
que aparecem Clara Nunes e Martinho da Vila numa daquelas feijoadas
memoráveis promovidas pelo casal. Não saberia precisar a data. <br />
<br />
Mas, e pontuando apenas essas lembranças: a casa dos Ventura era um
território livre, mas não com as características da casa de Aníbal
Machado ou da antiga residência de Walter. Alguns remanescentes, como
Harry Laus e Eneida (sempre com um copo de uísque à mão) permaneceram.
Grande Eneida que lavrou seu memorável epitáfio: “Essa mulher nunca
topou chantagem”. Na época do golpe de 64, Wendhausen arrumava as
trouxas e ia dormir na casa da escritora, temendo que ela fosse presa.
Iria junto. E seriam inevitavelmente soltos. Ninguém iria agüentar e
esbórnia que certamente promoveriam. <br />
<br />
Fiquemos, pois, naquela década sessentina, Paulinho já amigo e admirador de Walter. Lembro do vaticínio de meu amigo:<br />
<br />
– Paulinho vai ser um dos grandes.<br />
<br />
O “Rosa de ouro”, de 1965, iria confirmar a previsão. O “Rosa” tinha
assento vitalício para Wendhausen na platéia do Teatro Jovem. <br />
<br />
Bem, retomemos o fio da história. O jovem candidato a pesquisador,
encarregado de biografar Canabrava, descobre meu e-meio e me obriga a
escavoucar territórios que julgava demolidos, execrados, expulsos de
minha lembrança. <br />
<br />
Claro, o assunto me interessa. Tenho, às pencas, quadros de Wendhausen e
Canabrava – e lembranças vivíssimas daquela época, para mim, de ouro.
Imagine, em 51, saindo das calças curtas e descobrindo sua sexualidade, e
aluno da vizinha Escola Amaro Cavalcanti (onde mais tarde Paulinho
também estudaria) me descobrir habitando o mesmo Olimpo de pessoas que
só conhecia à distância. Pois tive que fazer um processo de regressão,
pra responder ao questionário que me foi enviado: onde, quando, como
conheci Canabrava. <br />
<br />
Nesse troca-troca de e-meios, meu jovem interpelante vai catando as
pistas que lhe dou, vasculha nosso saite, encontra fotos de Canabrava,
escarafuncha escaninhos empoeirados – e se deslumbra com o fato de
Paulinho da Viola ter se inspirado no livro “Por onde andou meu coração”
para compor o “Foi um rio que passou em minha vida”, numa época em que
embaralhei sua vida artística com um samba-exaltação, e qual?, “Sei lá,
Mangueira”. Ele portelense, eu um verde-e-rosa arrastando-o pra um samba
em homenagem à escola oponente. E onde conheceu Maria Helena Cardoso,
Elena, irmã de Lúcio, autora do livro? Na casa de Walter e Canabrava,
suponho eu. (O jovem é também biógrafo de Lelena e desconhecia esse
fato). <br />
<br />
Todos nós somos, um pouco, frutos de uma época que, igual à de Aníbal
Machado ou Gertrude Stein, os poetas músicos pintores se alimentavam de
pensamentos, desovando em matéria-prima rara aquilo que nossos sábios
mentores, sem saberem-se mestres, nos ditavam.<br />
<br />
Forneço esse resumo porque, cada vez mais, me sinto fazendo uma viagem
regressiva ao apartamentinho de Wendhausen e Canabrava, que tanto e
tanto me ensinaram. <br />
<br />
Quando vejo a meninada da Escola Portátil de Música, e as experiências
relatadas por eles e seus Mestres Oficineiros, percebo que cada um teve
fomentada suas vocações por wendhausens e canabravas. E,
independentemente das obras artísticas que nos legaram, advertiram-nos o
quanto é preciso aguçar a arte de prestar atenção.<br />
<br />
Meu jovem pesquisador, aspirante a biógrafo de Canabrava, me fez
encontrar na Internet essa pérola: “Como diria o artista Walter
Wendhausen, o mundo está aí, com tudo que tem de belo, para ser visto –
basta saber olhar”. <br />
<br />
Paulinho da Viola, com sua percepção aguda e um verso extraordinário,
talvez nem tenha lido essa declaração de Wendhausen – mas que estava na
essência de nossa relação com aquele artista. Aliás, com aquele grupo de
artistas. <br />
<br />
Afinal, as coisas estão no mundo – bastando-nos apenas apurar a arte do apercebimento."<br />
<br />
<i>Link original: </i><br />
<i>http://acervohbc.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html </i><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-54289942119813415352012-09-30T18:42:00.002-03:002012-09-30T18:44:58.419-03:00Harry Laus em Saint-Nazaire, França<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/1n-2Vs3yyK4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Harry Laus, em julho de 1988, visita os túmulos de Dissignac*, próximo a Saint-Nazaire, França, e fala de suas influências, de seu recente livro e de seus projetos...<br />
(direitos de MEET -- Maison des Écrivains Étrangers et des Traducteurs, Saint-Nazaire, France -- Música de Geneviève Borda)<br />
No video aparecem sua irmã Ruth Laus e sua tradutora Claire Cayron.<br />
*Tumulus de Dissignac são uma construção megalítica com 10 câmaras funerárias situadas a 5km de Saint-Nazaire, descobertos em 1873. Estima-se que tenham sido construídos a partir de 4.700 anos antes de Cristo.<br />
<i>http://www.maisonecrivainsetrangers.com/Harry-Laus.html</i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-40434059970265398202012-09-28T22:00:00.004-03:002012-09-29T14:05:33.260-03:00Travessa Harry Laus em Florianópolis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvGtiy9x7RhAKs2uoTrHCeu0IeKCWIGDiU1l5O_8daJx7vxyJyRpYHSz2I_XogY8vIs-LltksYsG-YcVbhxg6EKISembcD8dzSJWLl87NJUoIE5dPxZZVF7-Ih3uCwTgG81ETzI0wAR6gb/s1600/travessa_harry_laus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="246" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvGtiy9x7RhAKs2uoTrHCeu0IeKCWIGDiU1l5O_8daJx7vxyJyRpYHSz2I_XogY8vIs-LltksYsG-YcVbhxg6EKISembcD8dzSJWLl87NJUoIE5dPxZZVF7-Ih3uCwTgG81ETzI0wAR6gb/s400/travessa_harry_laus.jpg" /></a></div>
<br>
A Cidade de Florianópolis homenageou Harry Laus dando o seu nome a uma pequena travessa na Beira-Mar Norte (mais ou menos em frente a Praça Portugal), situada entre a Rua Almirante Lamego e a Avenida Jornalista Rubens de Arruda Ramos (próximo à Rua Desembargador Arno Hueschi). <i>Clique na foto para vê-la ampliada...</i>
<br>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-58116200238353216612012-09-28T21:41:00.002-03:002012-09-28T21:43:30.560-03:00Sala Harry Laus na UFSC<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgANRqDmwl6Rj6N2j7J6N0nEhKl4OkiTk8k3TtvKeFpnVHi1W05tsh_I9wZZ52sG3Xk31aA9q-ZnaIOI_XisCB0hZni2_TftudsZ0FLb1NxY4tZx0lUG90owzlLzuO-IzAiJdDHJDr0BNmm/s1600/sala_harry.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgANRqDmwl6Rj6N2j7J6N0nEhKl4OkiTk8k3TtvKeFpnVHi1W05tsh_I9wZZ52sG3Xk31aA9q-ZnaIOI_XisCB0hZni2_TftudsZ0FLb1NxY4tZx0lUG90owzlLzuO-IzAiJdDHJDr0BNmm/s400/sala_harry.jpg" /></a></div>
<br>
Sala com o nome de Harry Laus na Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina.
Com 40 lugares tem TV, som, video, tela e projetor, quadro magnético e sistema de teleconferência...
<br>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-88693320433966025722012-09-27T00:34:00.002-03:002012-09-29T15:50:42.893-03:00Os irmãos Laus em Saint-Nazaire, França<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxwuErAMBMrOJTLTAbtQuKaHnqCO_rhQl0XblLPZOKWjbq6kVciQHcoWSdJ8Yt-pfnlqAUBqcxodD1v5E2z8nt6ye3ttPf2TVnayZYBDcAqutdSeMhFSaprq4TAwb59G7OsxNCCpY5Wjba/s1600/harry_ruth_nazaire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="238" width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxwuErAMBMrOJTLTAbtQuKaHnqCO_rhQl0XblLPZOKWjbq6kVciQHcoWSdJ8Yt-pfnlqAUBqcxodD1v5E2z8nt6ye3ttPf2TVnayZYBDcAqutdSeMhFSaprq4TAwb59G7OsxNCCpY5Wjba/s400/harry_ruth_nazaire.jpg" /></a></div>
<br>
Os irmãos Harry (1922-1992) e Ruth (1920-2007) em sua estadia, em 1988, na Maison des Écrivains Étrangers et des Traducteurs, em Saint-Nazaire (cidade portuária a 50km à oeste de Nantes na Foz do Rio Loire. Saint-Nazaire fica a 500km de Paris).
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-29959336872927532592012-09-19T20:17:00.001-03:002012-09-19T20:35:45.491-03:00Conto de Harry Laus participa de CD<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2MJ88Tyu6FFyoI6P2Ipq2gI7IcoWdgOueaLnrdkSyRW8byPShF_DIkw71xCGx2aHh9ORcGhcfYarxnM7CCDMysz37WzJHyBPjR8Co3soQc47A8lVf9ftY0zhov2KqJYDAkEHHDyJRdfsp/s1600/radio.contos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="395" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2MJ88Tyu6FFyoI6P2Ipq2gI7IcoWdgOueaLnrdkSyRW8byPShF_DIkw71xCGx2aHh9ORcGhcfYarxnM7CCDMysz37WzJHyBPjR8Co3soQc47A8lVf9ftY0zhov2KqJYDAkEHHDyJRdfsp/s400/radio.contos.jpg" /></a></div>
<br>
Foi lançado o CD de título <b>Encantos em Contos na Rádio</b> produzido pela Rádio Comunitária Campeche (98,3 fm), Florianópolis, SC, sob a coordenação de Aline Maciel e Débora Daniel. Trata-se de uma antologia que reúne 17 contos de autores catarinenses que foram dramatizados para serem ouvidos.<br><br>
Eis a escolha dos contos: A Dama e o General (Raquel Wandelli), Grotesca Armação (Silveira de Souza), O Povão na TV - O Povo na Rádio (Holdemar Menezes), A Primeira Noite de Liberdade (Cristóvão Tezza), Vigília de Ano Bom (Almiro Caldeira), Nem Todas as Kombis são Brancas (Mário Pereira), Noite (Guido Wilmar Sassi), Testemunha do Tempo (Guido Wilmar Sassi), O Motivo (Hoyêdo G. Lins), A Morte de Deus (Hamilton Alves), Descanse em Paz (Eglê Malheiros), <b>O Professor de Inglês (Harry Laus)</b>, Bruxas Gêmeas (Franklin Cascaes), Pedrinho Menez Vai Voltar Rico (Flávio José Cardozo), Bruxa Rouba Meio Alqueire (Franklin Cascaes), Rosina e Pedro (Urda Klueger), O Tesouro da Nica, a Sonhenta (Rio Apa).<br><br>
O referido projeto de rádio dramatização recebeu o Prêmio Roquete Pinto.<br><br>
<b>Eis a notícia conforme publicada no website da Rádio Comunitária Campeche (Florianópolis, SC):</b><br><br>
<b>Encantos em Contos na Rádio: rádio-dramatização dos Contos Catarinenses:</b><br><br>
A Rádio Comunitária Campeche finalizou um importante processo de popularização da literatura catarinense, com a gravação de 17 rádio-contos, adaptados de escritores locais. Figuras importantes das letras catarinenses como Urda Klueger, Franklin Cascaes, Flávio Cardoso, entre outros, emprestaram suas criações para uma dramatização que, além de tocar na rádio, agora está também disponível em CD.<br><br>
A organização do trabalho foi feita por Aline Maciel e Débora Daniel e a adaptação dos contos escritos para roteiro de rádio-dramatização leva a assinatura das duas coordenadoras, mais Sigval Shaitel, Révero Ribeiro e Marcello Trigo. Um elenco de atores e colaboradores da Rádio Campeche dá vida às histórias que falam das coisas catarinas.<br><br>
O CD, chamado de “Encantos em contos na Rádio – rádio-dramatização de contos catarinenses”, recebeu o Prêmio Roquette Pinto – Primeiro Concurso de Fomento a Produção de Programas Radiofônicos – e pode ser adquirido direto na Rádio Campeche. Os recursos arrecadados servirão para manter em funcionamento esse importante instrumento de luta e organização da comunidade do Campeche.<br><br>
Quem conhece a história da Rádio Campeche, nascida em 1998, fruto das importantes lutas sociais travadas no bairro, sabe: é na disputa comunicacional que reside uma importante frente de batalha na guerra contra o modo de produção capitalista que tudo destrói em nome do lucro. Assim, aliando a disseminação da cultura com a soberania comunicacional, a comunidade vai avançando pelas ondas do rádio, mostrando que é possível se fazer uma comunicação que informa e forma, sendo também conhecimento.<br><br>
Quem quiser colaborar com o projeto da rádio e de quebra levar para casa o CD com os contos, é só passar na rádio ou fazer contato com a gente. Não temos preço fixo e a pessoa colabora com o que pode. O importante é fazer a sua parte no fortalecimento da cultura e da comunicação comunitária. <br><br>
<i>http://radiocampeche.com.br</i><br><br>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-777372607619275732012-09-19T19:59:00.001-03:002012-09-30T20:29:31.508-03:00Retrato de Harry Laus II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNr3oCkiZ1IvIB4tqhwmNKE6NcNtPRMIhawaFF9u-1hYAtqzlFnYfVuwQyi35i_13Mm8f7QqVLnEqX1FwlIE5JXA8QNiabqBChrF2k0KljW2YdRH9Fl0Lz0SSSlTPW_3xkEvM6js5oreij/s1600/retrato_HarryLaus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNr3oCkiZ1IvIB4tqhwmNKE6NcNtPRMIhawaFF9u-1hYAtqzlFnYfVuwQyi35i_13Mm8f7QqVLnEqX1FwlIE5JXA8QNiabqBChrF2k0KljW2YdRH9Fl0Lz0SSSlTPW_3xkEvM6js5oreij/s400/retrato_HarryLaus.jpg" width="262" /></a></div>
<br />
Retrato de Harry Laus por Heitor Seixas Coutinho<br />
Óleo s/tela, sem data<br />
91,5cm x 60,0cm<br />
Acervo do MASC – Museu de Arte de Santa Catarina <br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-58708580402245533272012-09-18T19:51:00.000-03:002012-09-18T21:26:04.524-03:00FRATURA
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDJtf7VxaibAemMOauv-dYSZeypU30IgGz9qPBbdF5g-EC4slahjl4ts0SI25OkOv6Byegc2UNas_5mhPprTZd2ig5UAIuKKtd3_oML6KzeD1T3gw2dvOd6vtIQupRKH3oQMCGiQbu2epS/s1600/Laus_Schwanke.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="189" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDJtf7VxaibAemMOauv-dYSZeypU30IgGz9qPBbdF5g-EC4slahjl4ts0SI25OkOv6Byegc2UNas_5mhPprTZd2ig5UAIuKKtd3_oML6KzeD1T3gw2dvOd6vtIQupRKH3oQMCGiQbu2epS/s320/Laus_Schwanke.jpg" /></a></div>
<br>
<i>Há exatos 20 anos e no mesmo dia, as artes visuais e a literatura perderam dois importantes entusiastas catarinenses.</i><br><br>
Algumas pessoas não morrem. Depois do luto, elas aparecem em nova corporalidade, no legado de um corpo de ideias nascido de suas escritas, obras, pensamento, algo inquantificável, não visível. Tangentes, no atravessamento de décadas, seus acervos continuam vibrantes, se não pela força de ações físicas e intelectuais pela falta que representam no universo em que atuaram como protagonistas. O crítico de arte e escritor Harry Laus e o artista Luiz Henrique Schwanke estão na história cultural de Santa Catarina e do Brasil, como homens de ideias inovadoras que transformaram caminhos e existências.<br><br>
A morte se mostra ainda mais provocadora quando, por forças desconhecidas, impõe duas perdas a um mesmo momento, como ocorreu há 20 anos com Laus e Schwanke. O dia 27 de maio de 1992 é lembrado, por alguns, como uma tragédia cultural. O fim dessas vidas interrompeu trajetórias de absoluta dedicação. “Tudo se perde quando Laus morre, porque ele dá materialidade ao circuito, estimula os artistas, oferece uma produção teórica, um corpo de referências, instrumentaliza e organiza espaços com ferramentas adequadas”, diz o artista Fernando Lindote. Na linha do tempo da história da arte, a data equivale a uma fratura exposta.<br><br>
Inseridos no sistema de arte, um conjunto de relações, processos e mediações institucionais entre artistas, galerias, museus, fundações, entidades, colecionadores, gestores públicos, historiadores, estudiosos, críticos, curadores e o público, os dois atuaram nos anos 1970 e 80. Bem informados sobre o que ocorria no mundo, cada um a seu modo, lutou pela constituição, organização e difusão do patrimônio simbólico de Santa Catarina. Interlocutores no campo das reflexões estéticas, encontraram um no outro a possibilidade de diálogo e crescimento. Laus e Schwanke obrigam a pensar os desafios estéticos destas décadas, momento de modernização do sistema no Estado. Cheio de inquietudes, Laus morou em 43 cidades antes de 1976, quando retornou ao Estado como um dos críticos de arte mais respeitados no Brasil. Escritor e jornalista, tinha disposição para um trabalho contínuo que buscava a modernidade e a profissionalização. Morou em Joinville, Porto Belo, Florianópolis, não tinha um paradeiro. Dirigiu o Museu de Arte de Joinville, entre 1980 e 82, e o Museu de Arte de Santa Catarina, entre 1985 e 87, e 1989 até a sua morte.<br><br>
Incansável, sempre em movimento, descobriu talentos, aproximou pessoas, produziu pensamento crítico, alavancou autoestimas. Uma análise na agenda do Museu de Arte de Santa Catarina depois do seu desaparecimento comprova que a geração dos anos 1990 ficou órfã. Instaura-se uma penumbra com o fim dos panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava suas mostras. Com aguçado olhar e muito conhecimento, Laus era generoso, tinha objetivos em favor do Estado. Condutor, força basilar, mostrava-se um curador sem a vaidade visível hoje em profissionais mais preocupados com o currículo pessoal do que com as articulações necessárias ao circuito. Como crítico de arte, assinou cinco textos sobre Schwanke, praticamente um por ano. Publicadas em coluna de jornal, suas reflexões sobre a produção do joinvilense sinalizam o mestre que aponta atributos. “Com o mínimo, Luiz Henrique explora ao máximo as possibilidades das tintas, das cores, dos suportes, conseguindo sempre um resultado novo e surpreendente”, escreve em 1987. Dois anos depois, afirma que, no trabalho do artista “existe a confluência de diversas correntes atuais, o que confere consistência contemporânea. E o que lhe acrescenta maior grandeza é a centelha de invenção e criatividade que repele classificações inúteis por não precisar delas para impor-se”.<br><br>
Na distância destes 20 anos, é possível falar de uma “época de Laus”, momento com uma fisionomia corajosa, audaz, poética, no qual Schwanke encontrou estímulo para avançar em suas pesquisas. No descompasso cultural de Santa Catarina, havia muito a fazer. Um apoiou o outro. “Temos que ajudar Laus a conseguir que o Masc seja todo pintado de branco, assim nossas seriam obras valorizadas exclusivamente por suas cores e formas. O nosso Masc é maior que o Kunstverein de Berlim, e tem condições parecidas de estrutura”, reflete Schwanke em uma carta que compartilha os anseios dos artistas e expõe a sintonia que os uniu.<br><br>
<b>Harry Laus</b><br>
Nasceu em Tijucas em 1922. Militar, escritor, jornalista e crítico de arte, deixou uma obra substancial. Seus livros, traduzidos em outros países, em especial na França, estão no mapeamento da homotextualidade na literatura brasileira. É o autor do importante Indicador Catarinense das Artes Plásticas. Integrou a Associação Brasileira de Críticos de Arte e a Associação Internacional de Críticos de Arte. Morreu em Florianópolis.<br><br>
<b>Luiz Henrique Schwanke</b><br>
Nasceu em Joinville em 1951. A produção, com cerca de 5 mil trabalhos, conjuga tradição e experimentação em três momentos distintos: em 1970, produz numa linha de cunho conceitual; em 1980, faz pinturas que apostam no emocional e, em 1990, num percurso mais racional, cria esculturas e perfis de plástico, além de instalações com o uso de luz elétrica. Alinha-se à pop art, ao neoexpressionismo e ao minimalismo. Morreu em Joinville.<br><br>
<i>* Néri Pedroso é jornalista, presidente do Instituto Schwanke</i><br>
Publicado no Jornal <b>A Noticia</b> (Joinville) em 27 de maio de 2012<br><br>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-54350281224225360962012-09-18T19:43:00.001-03:002012-09-30T20:30:10.496-03:00Retrato de Harry Laus I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr2Fqge5aHR-ez1L5xggRg0qfSdlmT9Z6HwTiqrujPvPso1yi5JXEfyriCPuhT9tbsJdnPba1a56r_TvDqPNGvp3kd58Bd6QSPtWke_Yve04jsUicvbGK1jtI6FM7hfyvt6DE2plKh028c/s1600/CAT_165806Acervomasc_1065.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr2Fqge5aHR-ez1L5xggRg0qfSdlmT9Z6HwTiqrujPvPso1yi5JXEfyriCPuhT9tbsJdnPba1a56r_TvDqPNGvp3kd58Bd6QSPtWke_Yve04jsUicvbGK1jtI6FM7hfyvt6DE2plKh028c/s400/CAT_165806Acervomasc_1065.jpg" width="286" /></a></div>
<br />
Retrato de Harry Laus<br />
por Lourival Pinheiro de Lima (Lôro)<br />
Óleo s/Tela, 1992, 146cm x 106 cm.<br />
Acervo do MASC – Museu de Arte de Santa Catarina<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-29455024445497871232012-09-18T18:39:00.000-03:002012-09-18T18:44:15.026-03:00Extrait Harry Laus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXbZ0e-vatrxuvzxZmskVoyXR-xOque35B7vtbGaJT-n_R0E2liUpWHXcUE2DiAOpPgbAM8DG7N6pj4krq65KVQhtkE1rnKfOReGQtJHnvWl9Mp5SlApLdCMZ9tkZp4mHIPV7LKCABZKQ8/s1600/Laus-couv-74584.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="190" width="116" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXbZ0e-vatrxuvzxZmskVoyXR-xOque35B7vtbGaJT-n_R0E2liUpWHXcUE2DiAOpPgbAM8DG7N6pj4krq65KVQhtkE1rnKfOReGQtJHnvWl9Mp5SlApLdCMZ9tkZp4mHIPV7LKCABZKQ8/s400/Laus-couv-74584.jpg" /></a></div>
<br>
Publicado no MEET – Maison des Écrivains Etrangers e des Traducteurs
(http://www.maisonecrivainsetrangers.com/Extrait-Harry-LAUS.html)
<br><br>
<b>Harry LAUS
La première balle</b><br>
<i>traduit du portugais (Brésil) par Claire Cayron</i><br>
ISBN 2-903945-48-6<br>
1989<br>
7 €<br>
<br>
<b>Florianópolis – São Paulo, première étape.</b><br> À l’hôtel où j’allais séjourner avant de poursuivre mon voyage, le souvenir d’un ami me revint nettement en mémoire : dans ce même endroit il avait logé une fois. Le remords se mit à m’accompagner.<br>
Le portier lisait le journal et me répondit à peine, en me tendant la fiche à remplir. Puis, le garçon demanda mes bagages.<br>
— Seulement ce sac.<br>
Il m’accompagna jusqu’à la chambre, ouvrit les rideaux clairs, et le bruit des voitures sur l’asphalte de la rue entra comme un contrepoint à mes souvenirs.<br>
— Fermez ça, s’il vous plaît.<br>
— Pardon, monsieur, ce sont les ordres.<br>
Il ouvrit puis ferma la télévision et l’air conditionné, alluma puis éteignit toutes les lumières pour me montrer les interrupteurs.<br>
Distraitement, je pris un billet dans ma poche et le tendis au garçon. À sa joie, je compris que c’était trop, mais il n’était plus temps de revenir en arrière.<br>
— En cas de besoin, il suffit de sonner. Je m’appelle Alfredo.<br>
Il avait les joues creuses et des yeux noirs, brillants – un chien qui attend un ordre.<br>
— C’est bon, Alfredo. Pour commencer, apportez-moi une bouteille de whisky et beaucoup de glace. Dans une demi-heure. D’ici-là je vais prendre un bain et me mettre à l’aise.<br>
<i>traduit du portugais (Brésil) par Claire Cayron</i><br><br>
<b>Florianópolis – São Paulo, primeira etapa.</b><br> No hotel onde ficaria antes de seguir viagem, a figura de um amigo apareceu-me nítida na lembrança : nesse mesmo lugar ele esteve hospedado uma vez. O remorso passou a acompanhar-me.<br>
O porteiro estava lendo um jornal e mal me respondeu, passando-me a ficha de hóspede para eu prencher. Depois, o rapaz da portaria perguntou pela bagagem.<br>
— Só esta sacola.<br>
Acompanhou-me ao quarto, abriu as cortinas claras, e o barulho dos carros no asfalto da rua entrou como contraponto às minhas recordações.<br>
— Feche isto, por favor.<br>
— Desculpe, senhor, são normas da casa.<br>
Ligou e desligou a televisão e o ar condicionado, acendeu e apagou todas as luzes para mostrar-me os interruptores.<br>
Distraído, puxei uma nota do bolso e a estendi ao rapaz. Por sua alegria, percebi que havia exagerado, mas era tarde para recuar.<br>
— Qualquer coisa é só me chamar, senhor. Meu nome é Alfredo.<br>
Tinha as faces encovadas e os olhos negros, brilhantes, – um cão à espera de nova ordem.<br>
— Está bem, Alfredo. Para começar, traga-me uma garrafa de whisky e bastante gelo. Dentro de meia hora. Enquanto isto, vou tomar banho e pôr-me à vontade.<br><br>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-19185027203340226012011-01-25T10:16:00.003-02:002011-01-25T11:27:13.504-02:00Aniversário de Ruth LausHoje, 25 de janeiro de 2011, Ruth Laus (irmã de Harry) faria 91 anos. <br />
Um abraço para todos que a conheceram. <br />
Comemorem com champagne e um pedaco da torta "Sacrapantina", de que ela gostava... :)))Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-10714069375714093412011-01-15T01:25:00.000-02:002011-01-15T01:25:25.712-02:00O Santo Mágico – baseado em livro de Harry Laus<object width="450" height="360"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qIHPX9D9YWs?fs=1&hl=pt_BR&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/qIHPX9D9YWs?fs=1&hl=pt_BR&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-58215151515825235192008-12-29T15:04:00.005-02:002008-12-29T15:42:43.111-02:00Há 50 anos - O Globo noticiava em 27 de dezembro de 1958O jornal O Globo publica uma Seção chamada <span style="font-weight:bold;">Há 50 Anos</span> onde reproduz matérias publicadas no jornal. Na coluna <span style="font-weight:bold;">Porta de Livraria</span> de <span style="font-weight:bold;">Antonio Olinto</span> publicada em 27 de dezembro de 1958 ele fazia uma retrospectiva do ano literário:<br /><br />"Ano de muito livro, este de 58. De movimento editorial maior do que os imediatamente anteriores. Num ligeiro retrospecto, farei um resumo dos acontecimentos que, na literatura, deixaram sua marca nestes 365 dias.<br /><br />O grande romance do ano foi <span style="font-style:italic;">Gabriela, cravo e canela</span>, de <span style="font-style:italic;">Jorge Amado</span>. Um dos primeiros, na ordem de lançamentos, foi <span style="font-style:italic;">Talvez alguém se salve</span>, de <span style="font-style:italic;">Plínio Bastos</span>. <span style="font-style:italic;">Ernâni Sátiro</span> voltou às livrarias com <span style="font-style:italic;">Mariana</span>. N<span style="font-style:italic;">estor Duarte</span> fixou um período crítico da vida social brasileira em <span style="font-style:italic;">Tempos temerários.</span> <span style="font-style:italic;">João Felício dos Santos</span> veio com <span style="font-style:italic;">João Abade</span> ressuscitar o tema Canudos. <span style="font-style:italic;">Paulo Rodrigues</span> estreou com <span style="font-style:italic;">Memórias de um galo de briga</span>. Fora do Brasil <span style="font-style:italic;">Graham Greene</span> publicou O<span style="font-style:italic;">ur man in Havana</span>; <span style="font-style:italic;">Michel Del Castillo</span> espantou o leitor francês com seu <span style="font-style:italic;">Le colleur d'affiches</span>; o sueco <span style="font-style:italic;">Per Lagerkvist</span> (Prêmio Nobel) publicou <span style="font-style:italic;">The Sybil</span>, e o maior lançamento do gênero em Portugal foi talvez o romance de <span style="font-style:italic;">Alves Rodol</span> - <span style="font-style:italic;">A barca dos sete lemes.</span><br /><br />A grande surpresa do ano, em matéria de conto, foi o livro <span style="font-style:italic;">Água preta</span>, de <span style="font-style:italic;">Jorge Medauar</span>. <span style="font-style:italic;">Newton Beleza</span> publicou <span style="font-style:italic;">Estranhas aparições;</span> <span style="font-style:italic;">Hélio Pólvora</span> estreou com <span style="font-style:italic;">Os galos da aurora</span>. <span style="font-style:italic;">Lígia Fagundes Teles</span> tornou a mostrar ser dona do gênero com <span style="font-style:italic;">Histórias do desencontro</span>. <span style="font-weight:bold;">Harry Laus apareceu com Os Inocentes.</span><br /><br />Fora do Brasi, a contista dinamarquesa <span style="font-style:italic;">Isak Dinesen</span> (pseudônimo de <span style="font-style:italic;">Karen von Blixen</span>) teve dois livros publicados tanto em dinamarquês como em inglês: <span style="font-style:italic;">Las tales</span> e <span style="font-style:italic;">Three stories.</span>"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-51629954747178312702008-05-21T21:40:00.011-03:002008-05-22T01:55:25.084-03:00Livro da Confraria dos Bibliófilos será doado para bibliotecas de Santa Catarina no dia 27<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioYYQ_lwn-S4pTSxRRa89bYzKVo9QlzstNrN6bT9fqUmJYnvpPb1zi3tj37IHzrIi8h8DQwK-_-Ls_MX05V3O202fOMo3AU-SIY8cuqUoiwGT6UnaIhnIF58g7nA4eWLmS1UZTJpWK-Guj/s1600-h/convite_Laus.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioYYQ_lwn-S4pTSxRRa89bYzKVo9QlzstNrN6bT9fqUmJYnvpPb1zi3tj37IHzrIi8h8DQwK-_-Ls_MX05V3O202fOMo3AU-SIY8cuqUoiwGT6UnaIhnIF58g7nA4eWLmS1UZTJpWK-Guj/s400/convite_Laus.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5202998105197306578" /></a><br />A Confraria dos Bibliófilos do Brasil, associação nacional com sede em Brasília e que tem entre seus associados bibliófilos como <span style="font-weight:bold;">José Mindlin</span>, escolheu para sua publicação especial de final de ano uma seleção de contos de Harry Laus.<br /><br />A edição de arte, em tiragem limitada, totalmente em tipografia artesanal, com papel especial e encadernação manual é distribuído apenas entre os associados da Confraria e teve ilustrações produzidas para o livro pelo artista plástico catarinense <span style="font-weight:bold;">Jayro Schmidt</span> especialmente convidado para o trabalho.<br /><br />A Família Laus, como forma de tornar mais acessível a obra resolveu doar alguns de seus poucos exemplares para bibliotecas públicas de SC. Foram escolhidas, por conta de sua representatividade e ligações com o escritor, a Biblioteca da UFSC – Universidade Federal de SC, que preserva o acervo de Harry Laus no Núcleo de Literatura e Memória do Depto. de Língua e Literatura Vernáculas do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, trabalho iniciado pela professora <span style="font-weight:bold;">Zahidé Lupinacci Muzart</span> (e que estará presente no evento); a Biblioteca do Museu de Arte de Santa Catarina onde Laus foi diretor por vários anos; e a Biblioteca Pública do estado de Santa Catarina por sua grande visitação pública.<br /><br />A solenidade acontecerá na Sala Harry Laus do Masc com a presença de seu diretor <span style="font-weight:bold;">João Evangelista de Andrade Filho</span>, no dia 27 de maio (mesmo dia e mês em que faleceu Harry Laus) a partir de 18 horas e 30 min, com a presença de todas as diretoras das bibliotecas: <span style="font-weight:bold;">Narcisa de Fátima Amboni</span>, da Biblioteca da UFSC, <span style="font-weight:bold;">Élia Mara Magalhães Brites</span> da Biblioteca Pública do estado e <span style="font-weight:bold;">Heloísa Helena Caminha Bradacz</span> da Biblioteca do Masc.<br /><br />Estarão presentes ainda a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, <span style="font-weight:bold;">Anita Pires</span>, bem como farão uso da palavra a professora <span style="font-weight:bold;">Luisa Cristina dos Santos Fontes</span>, da Universidade de Ponta Grossa e editora da revista da UEPG, cuja dissertação de mestrado em Letras-Linguística, em 1997, foi sobre a obra de Harry Laus; a professora <span style="font-weight:bold;">Taiza Mara Rauen Moraes</span>, da Universidade de Joinville e diretora do Proler, cuja tese de doutorado em 2002, foi sobre os Diários de Laus (transformada em livro pela Editora Letradágua de Joinville); e o presidente da Academia Catarinense de Letras, <span style="font-weight:bold;">Lauro Junkes</span>, amigo de Laus e autor de vários textos e artigos sobre ele.<br /><br />A Família Laus estará representada pelo professor <span style="font-weight:bold;">Cesar Laus Simas</span>, da Universidade do Vale do Itajaí, pelo professor <span style="font-weight:bold;">Ricardo Laus Simas</span>, do Colégio Atlântico de Itapema, a professora universitária e psicóloga <span style="font-weight:bold;">Marilena Laus Bayer</span> e <span style="font-weight:bold;">Roberto Laus</span>, economista e empresário da comunicação em Florianópolis, que serão responsáveis pela entrega dos exemplares do livro da Confraria.<br /><br />Também estarão presentes prestigiando a cerimônia outras pesquisadoras que se debruçaram sobre a obra de Harry Laus produzindo trabalhos acadêmicos. São elas M<span style="font-weight:bold;">aria Aparecida Borges Vieira </span>(dissertação de mestrado em 2007), <span style="font-weight:bold;">Maria Albertina Freitas de Melo</span> (dissertação de mestrado em 2001), <span style="font-weight:bold;">Maristela Della Rocca Medeiros</span> (dissertação de mestrado em 1998). Todos os trabalhos tiveram como orientadora a professora <span style="font-weight:bold;">Zahidé Lupinacci Muzart</span> da UFSC, grande responsável pela preservação e divulgação da obra de Harry Laus e que também se fará presente.<br /><br />Entre os amigos de Laus já confirmaram presença <span style="font-weight:bold;">Teresa Collares</span>, ex-diretora do Masc após sua saída em 1992, e <span style="font-weight:bold;">Vinícius Alves</span> da Editora Bernúncia, que publicou em livro algumas das obras de Laus.<br /><br />Por um agradável coincidência a entrega do exemplar do livro da Confraria para a Biblioteca Pública do estado coincide com o aniversário da instituição que acontecerá quatro dias depois (154 anos de fundação).<br /><br />E para fechar com chave de ouro o evento as ilustrações originais de J<span style="font-weight:bold;">ayro Schmidt</span> feitas para o livro estarão expostas no Masc cedidas para a data numa deferência especial da Confraria dos Bibliófilos do Brasil, cortesia de seu presidente <span style="font-weight:bold;">José Salles Netto</span>.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-44384893598737140502008-05-07T10:14:00.010-03:002020-11-14T23:27:21.076-03:00Os Incoerentes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw-abhl3KSe51Eu60sHGkTKQjqU4cb7-t1ubYlYRtKl1sPOacjD8hhXVxYmPGfyph_ZIlbkACStD0DXhRYbxIoH_M-_lYYsHMItUPFaCJrJ6GmKQyI6PeFEuxghYjfQ3Mu0upRrKRJo1kI/s1600-h/incoerentes.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197623838558801010" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw-abhl3KSe51Eu60sHGkTKQjqU4cb7-t1ubYlYRtKl1sPOacjD8hhXVxYmPGfyph_ZIlbkACStD0DXhRYbxIoH_M-_lYYsHMItUPFaCJrJ6GmKQyI6PeFEuxghYjfQ3Mu0upRrKRJo1kI/s320/incoerentes.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br /><b>Os Incoerentes</b>, primeiro livro de Harry Laus, contendo 13 contos, com capa de Luiz Canabrava, lançado em 1958 pela Editora e Livraria São José. O livro ganhou naquele ano o prêmio Afonso Arinos (contos) da Academia Brasileira de Letras que também teve, em outros anos, ganhadores como Aurélio Buarque de Hollanda, Bernardo Élis e Lygia Fagundes Telles. A edição, raríssima, tem alcançado alto preço entre colecionadores.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-66875520886530370492008-05-05T22:26:00.010-03:002008-05-06T09:21:44.588-03:00Biografia de um Museu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVwWi7pWM80p1toMv0EEtTEzu6kqf-FzcQtm1ufnYF6OMV-cmh_ebCEL4_o1MdqjKUFZjF5BlHkkbvlEuF9RMpcsxts0hh62FQ6vRO0l8L_PYZ6u9yGV5xL9KrXx4pyI1wEo1gEw1mWQqQ/s1600-h/bio_museu.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVwWi7pWM80p1toMv0EEtTEzu6kqf-FzcQtm1ufnYF6OMV-cmh_ebCEL4_o1MdqjKUFZjF5BlHkkbvlEuF9RMpcsxts0hh62FQ6vRO0l8L_PYZ6u9yGV5xL9KrXx4pyI1wEo1gEw1mWQqQ/s320/bio_museu.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197070252172528274" /></a><br /><b>Biografia de um Museu</b> foi um dos sonhos de Harry Laus que se transformaram em realidade, embora só tenha acontecido após a sua morte...<br /><br />17 de julho de 1989: Nancy Therezinha Bortolin, do setor de Pesquisa e Documentação do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), na época, recebeu um bilhete de Harry Laus pedindo para encaminhar o projeto. Desde então, Nancy não descansou até atender o desejo do crítico e escritor, que morreu bem antes de ver seu sonho realizado, impedido principalmente pela falta de apoio e de verbas. (O projeto foi editado em 2002, dez anos após sua morte).<br /><br />Hoje, <b>Biografia de um Museu</b> é uma realidade e está entre as cinco publicações do gênero no Brasil graças ao trabalho da equipe da <a href="http://www.masc.org.br/aamasc/" target="_blank">Associação dos Amigos do Museu de Santa Catarina</a>, presidida por Onor Filomeno.<br /><br />Nas suas 216 páginas, o livro-catálogo contém toda a história do MASC desde sua criação, em 1949, até os dias atuais. A publicação conta com textos de personalidades ligadas às artes catarinenses como Salim Miguel, criador do Grupo Sul e um dos fundadores do MASC; o ex-diretor do Museu Nacional de Belas Artes Alcídio Mafra; o artista plástico e escritor Jayro Schmidt, além de depoimentos de críticos de arte, artistas e ex-diretores do MASC, como o de Harry Laus.<br /><br />São 1.454 obras reproduzidas em preto e branco com suas respectivas descrições e mais 20 obras especiais, em cores, estas últimas representando o acervo inicial do museu. As fotos têm a assinatura de Fábio Cabral.<br /><br />"Biografia de um Museu" é uma doação da Malwee Malhas, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).<br /><br />Belíssimo material biográfico que conta a história do Museu de Arte de Santa Catarina desde sua fundação. Esta obra registra e eterniza a memória cultural de uma comunidade, como sua identidade, reunindo a catalogação de 1454 obras do acervo do MASC e tornando-se um trabalho de valor cultural e histórico.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-44473814532472384582008-05-03T16:39:00.028-03:002008-05-04T23:03:14.878-03:00(1) Corrente ampliada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsYOBC7TX2JaRUv3VWIaoCyt0NYNXhRmKKDhcvtQvvoYIYeTlAn9YZ63YVLLa7NlWd_V3IS2IDEhQrPvTvfAqFF9-Vo8IxL-Y-PfRZWK9xRqnHnX_kYcrzqX28zYUmzkRYaHTXSryZw58c/s1600-h/faustino.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsYOBC7TX2JaRUv3VWIaoCyt0NYNXhRmKKDhcvtQvvoYIYeTlAn9YZ63YVLLa7NlWd_V3IS2IDEhQrPvTvfAqFF9-Vo8IxL-Y-PfRZWK9xRqnHnX_kYcrzqX28zYUmzkRYaHTXSryZw58c/s320/faustino.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196243316349225602" /></a><center><em>Com Mário Faustino na praia de Copacabana, em 1955</em></center><br /><br />Num bar de esquina da Barata Ribeiro com a Siqueira Campos, eu tomava um cafezinho antes de ir para o Ministério da Guerra, onde o expediente da Diretoria de Armamento começava às 11 horas. De Juiz de Fora à Vila Militar, da Vila ao Ministério, agora podia dormir tarde, acordar sem o alarde do despertador.<br /><br />Foi nesse bar que encontrei <b>Walter Wendhausen,</b> catarinense, meu conhecido das noites de Copacabana. Apresentou-me seu companheiro de apartamento, <b>Luís Canabrava,</b> contista premiado em São Paulo com o livro <em>Sangue de Rosaura</em>. Morava no 418 da Barata, eu no 435 do outro lado da rua. Bastaria o fato de trabalharem em publicidade (na Sears, depois na Mesbla) para nos unir. Meu fascínio pela propaganda vinha de longe, quando mandei o <em>layout</em> de um anúncio para uma agência de Porto Alegre e nunca soube o resultado. Mas havia outros elos: ambos desenhistas e pintores. Walter conhecedor da música popular, guardando seus preciosos discos numa velha geladeira pintada de verde-oliva.<br /><br />No 418 morava também o contista <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renard_Perez" target="_blank">Renard Perez</a>, irmão do gravador <a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3239&cd_item=1&cd_idioma=28555" target="_blank">Rossini Perez,</a> e o ator <b>Jason Cesar.</b> No apartamento junto ao meu, o jornalista <b>Antônio Pinto de Medeiros,</b> conhecido de Natal, redator de <em>O Jornal</em>. <b>Sálvio de Oliveira,</b> em frente ao meu prédio, completava este simpático quadro de vizinhança, onde não faltavam gostosas confabulações sobre arte, literatura e teatro, algumas vezes acompanhadas pelo brilho verbal de <b>Jayme Maurício</b> ou a irreverência de <b>Sansão Castello Branco.</b><br /><br />Sansão aparecia sempre de improviso, sandálias nordestinas, uma pasta com desenhos, projetos de decoração, o caderno de capa preta com os telefones “de todo o Rio de Janeiro”. De calça cinza, larga camisa preta, levou-me um dia a um velho edifício da rua Barão de Ipanema:<br /><br />- Eneida, este é o Laus, oficial do exército, também contista.<br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Eneida_de_Moraes" target="_blank">Eneida,</a> outra pessoa-chave de minha vida, uma das mais importantes como ser humano autêntico. De uma vivacidade sem limites, tinha seu caderno com os telefones também “de todo o Rio”. Jornalistas, críticos de arte, compositores, cantores, conhecia a todos, por todos conhecida como cronista do <em>Diário de Notícias</em>, responsável pelo <em>Baile do Pierrots</em>, lançadora das tardes de autógrafos na <a href="http://www.saojoselivraria.com.br/html/historia.html" target="_blank">Livraria São José</a> de <b>Carlos Ribeiro.</b><br /><br />Numa livraria ou galeria de arte, na entrada dos teatros ou no bar Vermelhinho, chegava com o ruído das pulseiras e colares de prata, os ativos olhos verdes saltando de uma pessoa a outra, beijos, abraços, um dito gostoso, uma palavra de humor. Mulher excepcional, amiga incondicional de seus amigos, defendia-os mesmo no erro:<br /><br />- Sei que você não está certo, seu porcaria, mas afinal somos ou não somos amigos?<br /><br />Impossível relacionar todas as pessoas conhecidas através de Eneida. Algumas, pura apresentação; outras, convivência rápida, sem consequência; mas também muitas de sólida ligação. Na literatura, <b>Jorge Amado, James Amado, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Anibal_Machado" target="_blank">Aníbal Machado</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/José_Condé" target="_blank">José Condé</a>, Valdemar Cavalcanti,</b> o coronel <b>M. Cavalcanti Proença, além de Antônio Bandeira, Ana Letícia, Rossini Perez,</b> nas artes plásticas. Figura obrigatória nos Bailes do Pierrots, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Elizeth_Cardoso" target="_blank">Elizeth Cardoso</a> cantava sem se fazer de rogada nos grandes almoços de sábado, em casa de escritores e artistas.<br /><br /><b>Jayme Maurício,</b> como bom gaúcho, aparecia no 435 com uma garrafa de vinho. Um dia, em 1954, trouxe <a href="http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=251&rv=Literatura" target="_blank">Mário Faustino</a>, o poeta, o maior poeta com quem convivi, poeta desde o amanhecer até a noite. Antes de dormir, para o descobrimento de novas palavras, ia avançando sua busca nas páginas do <em>Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa</em>. Conversação instigante, agressiva, fulgurante, não concedia aos outros o que não concedia a si próprio: comodismo e improviso na criação artística.<br /><br />Quando Mário voltou de Belém do Pará, onde morava, para trabalhar na Fundação Getúlio Vargas, ficou hospedado dois meses comigo. Esse período permitiu-me conhecer e avaliar sua inteligência, a cultura profunda. A presença do poeta trazia uma grande carga de emulação. Insistia para que se trabalhasse, lia sem cessar e, de vez em quando, interrompia a leitura para mostrar uma descoberta, fosse um poema inteiro, um verso ou uma simples palavra. <br /><br />Tudo isso reforçou em mim uma convicção posta em letra de forma numa entrevista que concedi a um jornal de Belém, onde estive com Eneida e Renard Perez em 1956:<br /><br />- Escrever pra mim, corresponde a um necessidade interior que posso, quando muito, adiar; impedir é impossível.<br /><br />Mas, em 1956, ia perder o amigo (Sansão) que me chegou sob a forma envolvente e mágica de um balé.<br /><br /><em>(Capítulo I, texto 5, do livro <b>De-Como-Ser</b> – Memórias de Harry Laus, 1978)</em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-37908200982505661232008-05-01T00:29:00.005-03:002008-05-04T19:55:54.910-03:00Grandeur sans fard / Grandeza sem disfarce<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfw9od5fp7hG-vfmqMr71VxhGtC4fW3Gqc_6oEsR6BCNpKhwjEroTEP4seGiaq9z5lHLUkEo8lv63LpxIV8E0_FNsG7U_-sLlhn5k-s-6jd5KFEIp8MZQclc6S-EsH5B1g_5oytYLJuHqJ/s1600-h/bis.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfw9od5fp7hG-vfmqMr71VxhGtC4fW3Gqc_6oEsR6BCNpKhwjEroTEP4seGiaq9z5lHLUkEo8lv63LpxIV8E0_FNsG7U_-sLlhn5k-s-6jd5KFEIp8MZQclc6S-EsH5B1g_5oytYLJuHqJ/s400/bis.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5195601884458404466" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">Avec sincérité et compassion, l'écrivain brésilien Harry Laus dépouille notre univers. Découverte d'une voix qui bouleverse par sa nudité.</span><br /><br />Avec la sortie de deux recueils de nouvelles, les éditions José Corti entament la publication des oeuvres complètes d'Harry Laus, écrivain brésilien atypique, mort en 1992. Deux premiers pans nous sont dévoilés. Ils en disent long sur l'originalité et la diversité d'un travail, qui comme l'écrit Claire Cayron la traductrice, "porte la marque du nomadisme". Harry Laus a sillonné de nombreuses régions du Brésil, écrit ses textes "partout et n'importe où". Militaire jusqu'en 1964, puis critique d'art, directeur de musée, son oeuvre semble construite à l'image de cette vie errante. Laus excelle dans la description de lieux sans attaches. Ce n'importe où, c'est un port, un village, une rue, parfois une simple maison. Le génie de l'écrivain consiste à transformer ce n'importe où en partout. Il lui insuffle la dimension de l'universel. <br /><br />Paradoxalement, son nomadisme donne à Laus le pouvoir de traiter justement, de l'immobilité. Car c'est le thème central ici. L'écrivain brésilien a su brasser des centaines de lieux, pour s'inscrire en observateur parfait d'une réalité à l'échelle humaine la plus réduite. Rien ne compte ici, à part les hommes et les femmes qu'il va placer au centre de la scène. Harry Laus parle en connaissance de cause, et l'immobilité dont il est question porte le poids de la fatalité. <br /><br />Malgré la diversité de ses manifestations (Claire Cayron annonce des "récits inqualifiables", un roman, une autobiographie et un journal intime), l'univers de Laus bénéficie d'une cohérence à toute épreuve. La force de cette oeuvre réside là : une multitude de formes pour une seule voix. <br /><br /><b>Sentinelle du néant</b> regroupe trois textes assez longs, dans lesquels l'écrivain pose son décor avec minutie. Et s'il prend son temps pour les éloigner du carcan de la nouvelle, c'est pour mieux resserrer l'étau autour des personnages, concentrer l'attention sur leur condition. <b>Le Saint magique</b> débute ainsi : "La pointe sèche du compas fichée au point où se situe la maison d'Altaïr, sur la carte de Porto Belo; l'ouverture du compas suivant un angle égal à deux cents mètres de rayon; la mine trace un cercle. Et l'on a l'aire insignifiante où évoluent les personnages de cette histoire..." Laus délimite soigneusement, élague son champ de manoeuvres. Une fois le décor ancré, il tient ses personnages. Aucun ne passera les limites imposées au départ. <br /><br />Quelle que soit la forme utilisée par l'écrivain, les décors ont toujours la même teinte. Sa parole est sombre, presque lugubre. Le regard qu'il pose sur le monde n'est pas pessimiste pour autant, Laus montre sans jamais démontrer. Il ne juge pas. Il fait part. <br /><br />Ainsi, pour révéler la folie de <b>Zénon des plaies</b>, l'antihéros du second texte de Sentinelle du néant, lui suffit-il de décrire ses gestes. Zénon accumule les réveils, en achète des dizaines, dans le but d'arrêter le temps. Il se sent investi d'une mission qui sauvera la planète. Laus est très doué pour décrire le mouvement, capter la signification du moindre geste: "Certains matins, il se réveille avec de telles réserves d'énergie que remonter le réveil et regarder le paysage par la fenêtre, descendre toutes les marches de l'escalier et passer la journée entière au travail fatigant du bureau ne sont pas des activités suffisantes pour l'épuiser. Il revient chez lui, monte les marches quatre à quatre et, haletant, ouvre la porte. Quelques minutes après sa respiration se régularise et les forces reviennent au bout de ses doigts. Il fait de la gymnastique, se sent devenir l'athlète qu'il n'a jamais été, la sueur inonde son corps." Laus rend compte, fidèlement. Et le couperet tombe de lui-même sur Zénon des plaies. <br /><br />Les lecteurs de <b>Bis</b> évolueront dans le même univers, même si en lisant ces vingt nouvelles à la forme plus conventionnelle, ils emprunteront un autre chemin. <br /><br />L'obscurité, la pauvreté, le dépouillement, ces éléments reviennent inlassablement. Les personnages sont assis au milieu de l'impasse. Les scènes de deuil abondent, par exemple. Plusieurs enterrements rythment le recueil de nouvelles. Chaque fois, c'est l'occasion d'une réunion dans le silence, et pour les personnages, d'un triste constat de gâchis. La scène est vécue dans le dénuement le plus total. <b>La Couronne</b> est une quête organisée pour parvenir à payer des fleurs au défunt. On se concentre sur la figure de l'absent. <b>Requiem</b> évoque le transport d'un cadavre en taxi, pour respecter les dernières volontés de la défunte : "En regardant le profil dessiné sous le drap, Inacia comprit vraiment la grandeur de la mort. Tel était l'état définitif- que personne ne souhaite, mais auquel on se prépare toute la vie." <br /><br />Lorsqu'il n'évoque pas la mort, Laus s'attache aux ravages du temps. <b>Jandira</b> présente une structure dépouillée et une action réduite au minimum. Une jeune fille sert une vieille femme, clouée dans un fauteuil roulant, qui ne cesse de la martyriser à cause de "ça". Elle découvrira à la fin l'exacte signification de ces étranges paroles. <br /><br />Harry Laus évoque également les casernes. Lieu de l'attente, d'un cloisonnement masculin, on peut y observer de belles faiblesses. Ainsi Laus parvient il à rendre à merveille, dans <b>Le Document secret</b>, le mécanisme de la délation. Le major Pitanga, qui par intérêt personnel, dénonce un officier, perd ses moyens lorsque le colonel indique qu'il devra utiliser son nom pour mener l'enquête : "Pitanga s'agita dans le fauteuil, porta les mains à son visage et le découvrit ensuite, complètement défiguré, lunettes ôtées, les globes de ses yeux arrondis à la dimension exagérée des boutons de sa capote." <br /><br />Le style de Laus ne s'encombre jamais. Il va droit au but :"Rosália ne verrait plus, désormais, le col bleu flottant dans le vent." Harry Laus met l'homme à nu et tente de saisir ses comportements, dans les moindres détails. Il pose le pinceau sur la faille et touche l'essentiel. <br /><br />Universalité, atemporalité, tout est là pour faire une grande oeuvre. On attend avec impatience la suite de ce travail de traduction qui devrait s'étaler jusqu'en 2004. <br /><br /><em>Benoît Broyart<br />Magazine Littéraire <a href="http://www.lmda.net/" target="_blank">Matricule des anges</a></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2155840363481931924.post-35018199795554380922008-05-01T00:18:00.005-03:002008-05-04T18:40:53.728-03:00Grandeza sem disfarce / Grandeur sans fardCom a saída de dois livros de novelas, <span style="font-weight:bold;">Edições José Corti</span> inicia a publicação das obras completas de Harry Laus, escritor brasileiro morto em 1992. Duas primeiras faces nos são reveladas. Elas dizem muito sobre a originalidade e variedade de um trabalho que, como escreveu <span style="font-weight:bold;">Claire Cayron,</span> sua tradutora, "traz a marca do nomadismo". <br /><br />Harry Laus percorreu várias regiões do Brasil e escreveu seus textos "por toda parte e não importa onde". Militar até 1964, depois crítico de arte, diretor de museus, sua obra parece construída à imagem desta vida errante. Laus excede na descrição de lugares sem prender-se. Não importa onde, se um porto, uma vila, uma rua, por vezes uma simples casa. O gênio do escritor consiste em transformar este "não importa onde" em "por toda parte". Ele lhe insufla a dimensão do universal.<br /><br />Paradoxalmente, o nomadismo dá a Laus o poder de tratar justamente da imobilidade. Portanto, é este o tema central aqui. O escritor brasileiro mistura centenas de lugares para se inscrever como observador perfeito duma realidade à escala humana a mais reduzida. Nada conta aqui, a não ser os homens e as mulheres que ele vá colocar no centro da cena. Harry Laus fala com conhecimento de causa, e a imobilidade questionada traz o peso da fatalidade.<br /><br />Apesar da diversidade de suas manifestações (Claire Cayron anuncia "trabalhos inidentificáveis", um romance, uma autobiografia e um diário íntimo) o universo de Laus se beneficia de uma coerência à toda prova. A força desta obra reside numa multidão de formas para uma só voz.<br /><br /><b>Sentinela do Nada</b> agrupa três textos bastante longos, nos quais o escritor estabelece seu décor com minúcias. E se ele toma seu tempo para as distanciar do cerne da novela é para melhor estreitar o entusiasmo em torno dos personagens, concentrar a atenção sobre suas condições. <b>O Santo Mágico</b> começa assim: "A ponta seca de um compasso cravada no ponto onde fica situada a casa de Altair, na carta topográfica de Porto Belo; a abertura do compasso num ângulo correspondente a duzentos metros de raio; o grafite traçando um círculo. É esta a área insignificante por onde se deslocam os personagens desta história". Laus delimita cuidadosamente, limpa seu campo de manobras. Uma vez estabelecido o cenário, ele traz suas personagens. Nenhuma ultrapassará os limites impostos à partida.<br /><br />Qualquer que seja a forma utilizada pelo escritor, o cenário tem sempre a mesma tinta. Sua palavra é sombria, quase lúgubre. O olhar que ele pousa sobre o mundo não é no entanto pessimista. Laus mostra sem jamais demonstrar. Ele não julga, ele faz parte.<br /><br />Assim, para revelar a loucura de <b>Zenão das Chagas</b> o anti-herói do segundo texto de "Sentinela do Nada", lhe é suficiente descrever os gestos de Zenão que acumula relógios que compra às dezenas, no propósito de parar o tempo. Zenão sente-se investido de uma missão que salvará o planeta. Laus é hábil para descrever o movimento, captar a significação do menor gesto: "Há manhãs em que se acorda com tais reservas de energia que dar corda no relógio e olhar a paisagem pela janela, descer todos os degraus da escada e passar o dia inteiro no trabalho exaustivo do escritório não são atividades suficientes para esgotá-las. Volta para casa, sobe os degraus de dois em dois e, ofegante, abre a porta. Dentro de poucos minutos a respiração se normaliza e as forças retornam-lhe às pontas dos dedos. Faz ginástica, sente-se o atleta que nunca foi, o suor molha seu corpo". Laus presta contas, fielmente. E o machado cai-lhe das mãos sobre Zenão das Chagas.<br /><br />Os leitores de <b>Bis</b> evoluirão no mesmo universo, mesmo que leiam estas vinte novelas da forma mais convencional, empreenderão um outro caminho. A obscuridade, a pobreza, o despojamento, estes elementos retornam incansavelmente. As personagens são jurados no meio do impasse. As cenas de luto são abundantes, por exemplo. Vários enterros cadenciam o centro das novelas. A cada momento há ocasião para reuniões no silêncio, e para as personagens, a triste constatação de um acidente. A cena é vencida com o mais perfeito desfecho. <b>A Coroa</b> é uma subscrição organizada a fim de comprar flores para um defunto. Concentra-se sobre a figura da ausência. <b>Réquiem</b> evoca o transporte de um cadáver em táxi para respeitar a última vontade da defunta. "Olhando o perfil desenhado sob o lençol, Inácia compreendeu verdadeiramente a grandeza da morte. Ali jazia o estado definitivo - que não se deseja, mas se prepara, por toda a vida".<br /><br />Quando não evoca a morte, Laus se apega aos estragos do tempo. <b>Jandira</b> apresenta uma estrutura despojada e uma ação reduzida ao mínimo. Uma jovem serve a uma velha senhor, presa a uma cadeira de rodas, que não cessa de martirizá-la com a palavra "aquilo". A jovem descobrirá no fim o exato significado daquela estranha palavra.<br /><br />Harry Laus evoca igualmente as casernas. Sala de espera de um enquadramento masculino, onde se pode observar grandes fraquezas. Assim Laus alcança a perfeição em <b>O Documento Secreto</b> <em>(Le Document Secret),</em> o mecanismo da delação. O major Pitanga, que por interesse pessoal denuncia um oficial, perde sua segurança quando o coronel o indica para conduzir o inquérito. "Pitanga agitou-se na poltrona e levou as mãos à face para descobri-la totalmente desfigurada, sem óculos, os dois pontos de sempre arredondados na dimensão exagerada dos botões do seu capote".<br /><br />O estilo de Laus não se obstrui jamais. Ele vai direto ao alvo: "Daquela tarde em diante, Rosália não mais veria sua gola azul agitada pelo vento". Harry Laus põe o homem a nu e tenta compreender seus comportamentos, nos íntimos detalhes. Ele pousa o pincel sobre a tela e registra o esencial.<br /><br />Universalidade, <em>atemporalité,</em> está tudo lá para fazer uma grande obra. Esperamos com impaciência a seqüência deste trabalho de tradução que deverá estender-se até 2004.<br /><br /><em>Artigo de Benoît Broyart, publicado no <a href="http://www.lmda.net/" target="_blank">Matricule des Anges</a><br />Tradução de Ruth Laus, irmã de Harry.</em>Unknownnoreply@blogger.com0